O empresário José Milson dos Santos (foto em destaque) foi condenado a 9 anos, 7 meses e 15 dias de prisão por tentar matar a amante, uma jovem de 28 anos. Ele é dono de uma pastelaria na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A sentença foi proferida nesta terça-feira (8/4).
O júri acatou as duas qualificadoras apresentadas pela Promotoria de Justiça. O crime foi cometido por motivo torpe (sentimento de posse em relação à vítima) e contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, inserido no contexto de violência doméstica e familiar. José Milson não poderá recorrer em liberdade.
Veja imagens do empresário:
O crime ocorreu na madrugada de 17 de abril do ano passado. A vítima, que levou um tiro nas costas, trabalhava com José Milson na pastelaria. O agressor abriu fogo contra a jovem após ela se recusar a entregar o próprio celular para ele vasculhar.
O empresário se entregou após a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) encontrá-lo em casa, em Ceilândia, acompanhado da esposa. José Milson confessou o crime e confirmou que tinha um relacionamento extraconjugal com a funcionária havia mais de sete anos.
Relembre o caso
- Pouco antes do crime, José Milson levava a jovem para casa, no carro dele, e os dois começaram a discutir.
- O empresário supostamente não queria terminar o relacionamento e exigiu acesso ao celular da vítima.
- Contudo, ao receber uma resposta negativa, sacou uma arma e ameaçou a funcionária de morte caso descesse do carro.
- Desesperada, a vítima saiu do automóvel e tentou correr, mas acabou atingida por um tiro nas costas, disparado pelo empresário enquanto ainda estava no veículo.
- Apesar de ferida, ela conseguiu fugir e pedir socorro a pessoas que passavam pela região.
- A jovem foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Ceilândia, e os policiais militares acionados para atender à ocorrência conseguiram o endereço da casa do atirador – onde encontraram um carro na garagem como o descrito pela vítima.
- O automóvel ainda tinha uma perfuração semelhante à provocada por um tiro, na janela do carona.
- José Milson se entregou e, ao lado da esposa, alegou que o disparo teria sido acidental e que não tinha intenção de matar a vítima.
- Questionado sobre a arma do crime, ele respondeu que havia comprado o revólver calibre .38 ilegalmente e que havia descartado o item em algum ponto da BR-070.