Um dentista de Minnesota, nos Estados Unidos, está sendo processado por uma paciente que o acusou de “desfigurá-la” ao tentar tratar suas cáries. Em uma só consulta, ao longo de cerca de seis horas, o médico realizou 32 procedimentos: 4 canais, 8 coroas e 20 obturações.
A quantidade de tratamentos simultâneos chocou colegas de profissão. Eles também questionaram a quantidade de anestesia aplicada, cerca do dobro da dose permitida que pode ser usada em três horas de tratamento, tempo máximo recomendado para procedimentos.
A mulher pede US$ 50 mil de indenização pela dor e constrangimento sofridos, além de defender que terá de usar o valor para recompor suas finanças. Ela alega que boa parte de suas economias foram consumidas em outros dentistas, que precisaram realizar readequações dos erros do primeiro profissional.
O caso veio a público no final de 2023 na mídia americana, mas a fatídica consulta ocorreu em julho de 2020.
Descuido no cuidado com a limpeza dos dentes pode levar à cárie, mas condições genéticas e doenças favorecem seu aparecimento
Por que tantas cáries?
A mulher possuía, segundo sua defesa, uma condição rara, não revelada nas reportagens, que facilitava a formação de cáries em seus dentes. Quase todos haviam sido atingidos.
As cáries são erosões formadas pela ação de bactérias que debilitam os dentes. Mudanças no pH da boca e descuidos de higiene facilitam a ploriferação dessas bactérias.
Os especialistas ouvidos no tribunal apontaram que o dentista fez o diagnóstico correto, mas errou em tentar fazer todo o tratamento em apenas um dia.
Durante meses, a mulher teve de ser tratada por dentistas da Universidade de Minnesota para reparar as obturações feitas e hoje em dia afirma ter recuperado seu sorriso.
O caso segue tramitando na Justiça americana.
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