Ao menos cinco estado decretaram situação de emergência em razão do aumento de casos de dengue. Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, algumas cidades de Mato Grosso do Sul e, agora, a capital carioca estão com números crescentes da doença.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images
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O decreto para o estado de emergência na capital carioca foi publicado no Diário Oficial do município desta segunda-feira (5/2). Na última sexta (2/2), o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que o Rio já vivia uma epidemia de dengue, com mais de 11 mil casos da doença confirmados.
Também no Diário Oficial desta segunda, a prefeitura anunciou R$ 2 milhões para a compra de testes rápidos. O município autorizou a abertura da licitação, que será por um pregão eletrônico. Quem levará será a empresa que oferecer o menor preço.
Também nesta segunda, a prefeitura do Rio inaugura 2 de 10 polos de atendimento a pacientes com a virose. A primeira unidade ficará em Curicica, na Clínica da Família Raphael de Paula Souza. Além disso, serão 150 centros de tratamento e hidratação.
A cidade apresentou um plano de contingência para assistência da população e combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.
Entre as medidas estão:
a criação do Centro de Operações de Emergência;
a abertura de dez polos de atendimento para a doença distribuídos por todo o município;
a dedicação de leitos exclusivos a pacientes com dengue nos hospitais da rede municipal;
o uso de carros fumacê nas regiões com maior incidência de casos e,
a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados.
Morte de adolescente em Goiás
Em Goiás, que também decretou situação de emergência, uma adolescente de 16 anos morreu com a doença, em Uruaçu, no norte do estado. Segundo o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), Fernanda Ferreira Martins teve um quadro grave da doença associado à diabetes.
Fernanda morreu nesse sábado (3/2). Em nota, o HCN lamentou “profundamente” a morte da adolescente e se solidarizou com a família. Além disso, disse estar disponível para colaborar com informações sobre o caso.