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    Delegado da PF descobre durante depoimento no STF que é investigado

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    O delegado da Polícia Federal (PF) Tomás de Almeida Vianna se surpreendeu ao descobrir, na tarde desta terça-feira (15/7), durante depoimento como testemunha no Supremo Tribunal Federal (STF), que é investigado em um inquérito que apura a atuação de servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em ações que supostamente tentaram impedir eleitores de votar no segundo turno das eleições de 2022.

    Tomás foi arrolado como testemunha do ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) Fernando de Sousa Oliveira, na ação penal que investiga o núcleo 2 da suposta trama golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

    Quando o juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, Rafael Henrique Tamai Rocha, iniciou a oitiva de Tomás, foi interrompido pelo representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), Daniel José Mesquita Monteiro Dias. O procurador informou que o delegado é investigado no inquérito que apura o uso ilegal da PRF.

    Diante disso, o juiz auxiliar explicou que ele tinha o direito de permanecer em silêncio para não produzir provas contra si. Tomás, visivelmente surpreso, afirmou não saber que figurava como investigado no caso.

    “Excelência, eu fui ouvido no âmbito do inquérito sempre na condição de colaborador e informante. Não sabia que era investigado”, afirmou o delegado. “Gostaria de esclarecer se posso me reservar ao direito de ficar em silêncio”, acrescentou.

    Tamai confirmou que ele poderia optar pelo silêncio. Ainda assim, Tomás decidiu responder às perguntas feitas pelas defesas dos réus.

    Caso semelhante

    Em maio, já durante as testemunhas do núcleo 1, outro delegado da PF, Caio Rodrigo Pellim, descobriu que também é investigado no mesmo inquérito.

    Pellim não é formalmente indiciado na investigação conduzida pela PF, mas o nome dele aparece na apuração que tramita em uma petição sigilosa no STF.

    A informação foi revelada antes do início das perguntas dos advogados, quando o procurador-geral da República, Paulo Gonet, alertou que o delegado figura como investigado no caso; portanto, não poderia prestar depoimento na condição de testemunha.

    Willian Carvalho de Menezes
    Willian Carvalho de Menezes
    Jornalista Profissional (0014562/DF) e fotojornalista com 20 anos de experiência na cobertura de fatos que marcaram o Distrito Federal e o Brasil. Atualmente estou à frente do portal Clique DF, onde combino meu olhar jornalístico com a sensibilidade da fotografia para informar com responsabilidade, profundidade e compromisso com a verdade.

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