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    Da UTI, Bolsonaro critica asilo diplomático à ex-primeira dama do Peru

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    Internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para criticar o asilo diplomático concedido pelo Brasil à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro.

    Bolsonaro ressaltou que, mesmo da UTI, onde as notícias chegam com certo atraso, ele percebe um país “sendo entregue, pouco a pouco, à inversão de valores, ao autoritarismo e ao escárnio internacional”, disse.

    Bolsonaro ainda disse que os asilos concedidos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “envergonham nosso povo e ferem a dignidade nacional”.

    “Corruptos condenados por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos passaram a ser recebidos como “perseguidos políticos”, transportados pela Força Aérea Brasileira e acolhidos com honrarias por um governo que distorce o instituto do asilo para se solidarizar com quem rouba do próprio povo”, comentou.


    Pedido de asilo

    • A esposa do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, Nadine Heredia, solicitou asilo diplomático ao Brasil em 15 de abril.
    • Condenada por lavagem de dinheiro, ela chegou a Brasília no dia 16, trazida ao país em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deslocado pelo governo federal.
    • O pedido de asilo foi feito com base na Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, tratado assinado tanto pelo Brasil quanto pelo Peru. Segundo o governo peruano, os dois países mantêm contato para tratar da situação.
    • O pedido de asilo ocorreu no mesmo dia em que a Justiça peruana condenou Nadine Heredia e seu marido, Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada após mais de três anos de audiências.
    • O casal foi considerado culpado por receber, de forma ilegal, recursos da construtora brasileira Odebrecht e do governo da Venezuela para financiar as campanhas presidenciais de Humala em 2006 e 2011.

    Na mesma publicação, Bolsonaro comentou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o processo de extradição do cidadão búlgaro Vasil Georgiev Vasilev, que foi pedida pela Espanha.

    A medida foi motivada pela recusa das autoridades espanholas em extraditar o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio ao Brasil, contrariando, segundo Moraes, o princípio da reciprocidade previsto no tratado firmado entre os dois países.

    “Traficantes internacionais são mandados para a casa numa confusão vergonhosa que instrumentaliza a justiça para fazer ‘retaliação diplomática’ contra a Espanha, país que, assim como os Estados Unidos e a Argentina, já reconhece a motivação política por trás de decisões proferidas no âmbito dos inquéritos intermináveis de Alexandre de Moraes e enxerga a criminalização absurda da opinião em nosso território”, complementou Bolsonaro.

    Veja post completo:

    Internação

    Bolsonaro está internado no Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma cirurgia no último domingo (13/4) para tratar obstrução intestinal.

    De acordo com boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (18/4), o ex-presidente permanece em acompanhamento pós-operatório, sem previsão de alta. Ele mantém boa evolução clínica, sem dor e sem outras intercorrências.

    “Os últimos dias têm exigido de mim silêncio, paciência e dedicação total à recuperação. Mesmo na UTI, sigo firme, amparado por uma equipe médica extremamente dedicada, pela minha família e pelas orações de milhares de brasileiros”, escreveu Bolsonaro também nas redes sociais.

    Segundo o ex-presidente, “em momentos assim, o corpo precisa parar, mas o espírito se renova e se fortalece. Cada oração, cada mensagem, cada gesto de amizade reacende a chama da esperança e lembra da missão que temos pela frente. Há pausas que não interrompem, apenas nos preparam”.

    Ele ainda agradeceu as mensagens que tem recebido, incluindo de parlamentares dos EUA e membros do Parlamento Europeu.

    Desde o atentado que sofreu em setembro de 2018, durante a campanha presidencial, Bolsonaro passou por uma série de procedimentos médicos relacionados ao sistema digestivo.

    O procedimento, que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores e podem causar dor, obstruções e outros sintomas.

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