O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou, nesta quinta-feira (20/2), que a alta dos preços dos ovos é “atípica” e foge do padrão observado nos últimos anos.
De acordo com ele, o curva de aumento no preço dos ovos “preocupa” porque o período de Quaresma não começou. “Com o aumento da demanda os preços tendem a sumir ainda mais, pesando diretamente no bolso do consumidor”, avaliou.
A crise dos ovos
- O preço dos ovos de galinha teve alta de 40% na segunda quinzena de janeiro, segundo a Abras.
- Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é “absurdo” uma caixa com 30 ovos ser vendida a R$ 40.
- Governo aposta na queda do dólar (que recuou em torno de 10% nos últimos 60 dias) e na “supersafra” de 2025.
- No momento, a inflação acumulada em 12 meses é de 4,56%. No mês passado, o grupo Alimentação e bebidas subiu 0,96%.
- Os preços dos ovos de galinha cresceram 0,89% em janeiro e recuaram 1,91% em 12 meses.
- A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. Com forte aceleração nos preços de carnes, leite e derivados e café.
Milan explicou que a alta típica dos preços dos ovos ocorre antes da Quaresma — tradição do Cristianismo, que começa após o Carnaval, em que são praticados: penitência, jejum e caridade.
Portanto, esse aumento rápido e intenso “foge do padrão dos últimos anos”, explicou o vice-presidente da Abras.
“Agora, estamos diante de uma elevação muito mais forte e antecipada ao nosso ver”, avaliou. “Estamos diante de um cenário atípico, que exige atenção redobrada”, alertou.
Nos últimos anos, o preço desse alimento costuma subir em março. Confira:
- 2022: 7,08%
- 2023: 7,64%
- 2024: 4,59%