O excesso de açúcar no sangue pode causar sintomas como cansaço, sede intensa e visão embaçada. Ficar com os níveis desregulados por muito tempo favorece o surgimento de problemas mais graves, como a diabetes e doenças cardiovasculares.
Na diabetes tipo 2, o corpo até produz insulina, mas as células passam a não responder bem ao hormônio, o que faz com que a glicose se acumule no sangue em vez de ser usada como fonte de energia.
“O problema da diabetes em si não é a insuficiência da insulina. Ela está lá. Mas as células estão resistentes ao hormônio e o açúcar vai continuar no sangue causando inflamações”, afirmou a nutricionista Talyta Machado, de Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.
O alto índice de açúcar no sangue também pode aumentar o risco de complicações cardíacas, renais e oculares. Algumas estratégias naturais, no entanto, podem ajudar a manter os níveis sob controle. Confira:
1 – Não pular refeições
Manter as três refeições principais do dia, com todos os nutrientes essenciais, ajuda o organismo a estabilizar os níveis de glicose. Ficar longos períodos sem comer pode dificultar esse controle e desregular o açúcar no sangue.
“Passar horas sem comer pode levar ao consumo de alimentos rápidos e pouco saudáveis. E pode ser que, na hora de comer, o indivíduo tente compensar o tempo que ficou em jejum, exagerando e causando o pico de açúcar no sangue”, explicou Talyta.
2 – Ter lanches à disposição
Fazer um lanche entre as refeições ajuda a evitar quedas bruscas na glicose, seguidas de aumentos repentinos quando a pessoa volta a se alimentar. A estratégia contribui para manter os níveis de açúcar estáveis ao longo do dia, especialmente entre o almoço e o jantar.
3 – Incluir alimentos com fibras solúveis
Segundo a nutricionista Inarí Ciccone, incluir fibras solúveis, como chia e linhaça, nas refeições ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue.
“Essas fibras possuem o benefício de englobar o bolo alimentar, retardando a absorção da glicose e evitando o pico de liberação de insulina. Isso evita o desgaste do pâncreas, órgão que é sobrecarregado quando há acúmulo de insulina e acaba desencadeando a diabetes tipo 2”, disse em entrevista ao Metrópoles.
4- Frutas também são aliadas
Inarí apontou ainda que a maioria das frutas contribui para a regulação da glicemia, ao contrário do que muitas pessoas pensam. O abacate, por exemplo, é fonte de gorduras boas, importantes para a formação de hormônios e do colesterol HDL (conhecido como “bom”). A fruta tem apenas 6 g de carboidrato a cada 100 g, além de ser rica em fibras, que promovem a saciedade por mais tempo.
5- Praticar atividade física
A prática regular de exercícios físicos aumenta a sensibilidade à insulina, facilitando o processamento de gorduras e proteínas e estimulando o metabolismo.
Para evitar tonturas durante a atividade, é fundamental consumir fibras, proteínas e carboidratos nas refeições que a antecedem. Esses nutrientes contribuem para a construção de massa magra e, junto ao treino, ajudam a estabilizar os níveis de glicose no sangue.
6 – Priorize uma boa noite de sono
Dormir mal desregula os níveis de açúcar no sangue. Isso acontece porque o corpo libera mais cortisol, o hormônio do estresse, forçando o pâncreas a produzir mais insulina para tentar equilibrar o organismo.
7 – Hidratação é essencial
Manter a hidratação adequada ajuda não só a prevenir a desidratação, mas também a eliminar o excesso de glicose pela urina, evitando o acúmulo de açúcar no sangue. Por isso, é importante ter sempre uma garrafa de água por perto.
Procure orientação profissional
Vale lembrar que as dicas não substituem o tratamento médico. As pessoas que fazem uso de medicamentos controlados para regular a glicose não devem interromper o uso por conta própria. O acompanhamento profissional continua sendo essencial.
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