A confiança da indústria segue baixa pelo segundo mês consecutivo em 2025, segundo informações divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (13/2).
Entre janeiro e fevereiro o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em 49,1 pontos — abaixo da linha que separa a confiança da falta de confiança (50 pontos). Ou seja, os empresários têm mostrado mais pessimismo em relação à economia brasileira.
Como é mensurada a confiança da indústria
- O Icei é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria com a economia.
- Nesta edição, foram consultadas 1.108 empresas (sendo 447 de pequeno porte, 414 de médio porte e 247 de grande porte).
- A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 7 de fevereiro.
“Sinal de alerta”
Segundo Cláudia Perdigão, especialista em Políticas e Indústria da CNI, o pessimismo dos empresários impacta as decisões de negócio do setor industrial. “Em um cenário de baixa confiança, espera-se desaceleração de investimentos”, diz.
“Após 2024 registrar evolução muito positiva desse indicador, essa queda na confiança pode impactar o andamento dos projetos que não foram executados no ano passado e ficaram para 2025. Isso acende um sinal de alerta para os próximos meses”, explica Perdigão.
O levantamento mostra que os componentes do Icei (condições atuais e expectativas para os próximos seis meses) não registraram mudanças significativas entre janeiro e fevereiro. Confira os resultados deste mês:
- Condições atuais da atividade econômica do país: subiu 0,2 ponto percentual, indo a 44,4 pontos.
- Expectativa dos empresários para a economia: segue em 51,5 pontos.
Embora a avaliação sobre o atual momento das empresas e da economia brasileira tenha melhorado levemente, o indicador continua abaixo da linha dos 50 pontos. Isso indica que, para eles, as condições atuais são piores do que há seis meses.
Sobre o índice de expectativas, os empresários têm perspectivas positivas para os próximos seis meses.
De acordo com a CNI, esse resultado positivo deve-se unicamente pelas boas expectativas do setor para as empresas, isso porque as avaliações sobre o futuro próximo da economia continuam negativas.