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sábado, 22 fevereiro, 2025
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    Com ferrões pelo corpo, jovem picado por 4,5 mil abelhas abre os olhos

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    O estudante Vitor Hugo Ferreira Duarte (foto em destaque), 14 anos, picado por mais de 4,5 mil abelhas, na sexta (14/2), na Fercal, voltou a abrir os olhos nesta terça-feira (18/2). O adolescente está internado em um hospital particular, e médicos ainda retiram ferrões encravados pelo corpo dele. Contudo, apesar de o quadro ser delicado, o jovem está em pleno processo de recuperação, segundo a família do paciente.

    O estudante foi atacado por um enxame ao buscar uma bola ao lado do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Queima Lençol. Vitor Hugo sobreviveu graças ao atendimento de emergência que recebeu na Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 da Fercal. Ele foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital particular, sedado – para minimização dos efeitos da dor – e intubado.

    Tia de Vitor Hugo, a agente comunitária de saúde Letícia de Oliveira Araújo, 44, que também ajudou a socorrê-lo na UBS comentou que as notícias sobre o quadro dele “são as melhores”. “Ele está em processo de desintubação. Está acordando e abrindo os olhos, e o rim dele voltou a funcionar”, contou.

    Agora, o estudante respira normalmente, mas a ventilação mecânica ficou mantida de prontidão, para eventuais emergências.

    Pedido de socorro

    Os rins de Vitor Hugo ficaram sobrecarregados devido à quantidade de veneno injetado pelas abelhas. “Ele tem lutado muito. E temos recebido muitas notícias boas. O quadro não se agravou, e meu sobrinho está evoluindo. É um caso delicado ainda, pois foram mais de 4,5 mil picadas. E ele ainda tem ferrão para ser retirado do corpo”, acrescentou Letícia.

    No momento do ataque dos insetos, Vitor Hugo pediu ajuda: “Socorro! Está queimando! Está doendo muito! Socorro”. Ainda segundo a tia, as abelhas cobriram o corpo do adolescente e o ferroaram na boca, nos lábios, no ouvido, no nariz, nos olhos, nos pés e nas partes íntimas.

    “Era desesperador. Eu pedia a Deus que desse uma segunda chance a ele. Pedia mais uma chance para sobrinho, para ele poder contar um testemunho de vida, de milagre, de vitória”, contou. De acordo com Letícia, o primeiro atendimento da UBS foi fundamental para salvar o meu sobrinho. “A equipe estava completa, coesa e uniu forças”, destacou Letícia.

    A escola fica ao lado da unidade básica. Segundo a agente comunitária, o médico da UBS, Madson Rodrigo, 36, participou diretamente do resgate do adolescente no local do ataque. “Ele se colocou no lugar de um pai”, afirmou.

    Ao chegar na escola, Madson esperava atender a um jovem vítima de poucas picadas, mas se deparou com um cenário muito mais caótico. Vitor estava em uma ribanceira coberto por abelhas, pedindo por socorro.

    A cada tentativa de resgate do estudante, o enxame atacava. Testemunhas então colocaram fogo no mato. A fumaça e o calor deixaram o cenário mais caótico.

    Nuvem de abelhas

    “Pelo lugar que a gente desceu a 1ª vez não era mais possível, por causa do fogo. Achamos uma passagem lateral e vi ele e comecei a chamá-lo. Ele estava tonto pelo ataque e a fumaça. Ele me viu. Fui em direção a ele e o puxei da nuvem de abelhas”, contou.

    Incrivelmente, Madson não foi ferroado por abelhas durante o resgate. Ao chegar a UBS, Vitor recebeu imediatamente atendimento. Toda a equipe da Atenção Primária estava a postos.

    “Nesses casos muito graves, quanto mais precoce for atendimento, melhor. Ele ainda tinha muita abelha pelo corpo e ferrões. Ele tinha muita dor. Pedia muita água. Era um quadro de envenenamento”, explicou.

    Atenção Primária

    A Atenção Primária é voltada para o atendimento à comunidade. No caso da UBS 3 da Fercal e uma população rural, em que acidentes com abelhas ou outros animas estão propícios.

    “A Atenção Primária oferece um cuidado de saúde integral, próximo e longitudinal. A gente não dá alta para o paciente. De quando nasce até quando parte dessa terra, ele é um paciente da Atenção Primária”, pontuou.

    Para Madson, uma Atenção Primária forte na ponta, na porta da casa do paciente, não é fundamental apenas para emergências, mas também cuidado diário de milhares de pacientes nas suas angustias e problemas.

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