O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Roraima, Igo Gomes Brasil, é um dos alvos de mandados de busca e apreensão na operação da Polícia Federal (PF) contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud.
A operação foi deflagrada no âmbito do inquérito que apura a suspeita de compra de votos nas eleições municipais de 2024. Endereços ligados a Igo Gomes foram vasculhados por investigadores na manhã desta quarta-feira (30/7).
Como mostrou o Metrópoles na coluna de Igor Gadelha, além de Samir Xaud, foram alvos a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) e o empresário Renildo Lima. Endereços dos três foram vasculhados em Roraima.
No caso do presidente da CBF, agentes da PF cumpriram mandados de busca na casa dele, em Roraima, e na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Médico de formação, Xaud é primeiro suplente do MDB na Câmara dos Deputados por Roraima.
O caso é um desdobramento da operação que investiga a origem do dinheiro encontrado com Renildo, preso em setembro do ano passado com dinheiro escondido na cueca.
Intitulada “Caixa Preta”, a operação tem como foco a apuração de indícios deecompra de votos nas eleições municipais de 2024. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.
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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud.
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Operação
A operação foi realizada três dias após Samir Xaud se reunir, em Brasília, com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Como revelou o Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, eles se encontraram na segunda-feira (28/7) para discutir uma cooperação entre as entidades.
Já a deputada do MDB, segundo fontes da Polícia Federal ouvidas pelas coluna, havia chegado a Roraima durante a madrugada da quarta-feira, mas não estava na residência no momento que os policiais chegaram ao local.
O que diz a CBF
Em nota, a CBF confirmou a operação e disse que recebeu agentes da PF nesta quarta. A entidade também afirmou que o presidente está “à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”. Veja a íntegra:
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.
É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações.
A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”.