O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o Centrão fez uma “aliança com o bolsonarismo” depois que os deputados enterraram a Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Os deputados aprovaram nesta quarta-feira (8/10) a retirada de pauta da proposta, que não chegará ao Senado antes de perder a validade, às 23h59.
“Fizeram uma aliança para defender a anistia e a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Blindagem. O que aconteceu? Eles achavam que tinham maioria aqui, mas foram derrotados pela sociedade brasileira. O povo foi para as ruas. Estou convencido de que esses senhores estão, novamente, dando um tiro no pé”, declarou Lindbergh na tribuna da Câmara.
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Pouco antes da votação, o União Brasil, o PP e o PSD anunciaram a orientação contrária a medida.
Por parte do União, o líder, Pedro Lucas Fernandes (MA), deu a declaração depois que a legenda informou a suspensão cautelar do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), por ele se recusar a deixar a Esplanada.
Sabino, deputado federal licenciado, integra o trio exonerado por Lula para votar a favor do texto, junto a Silvio Costa Filho (Republicanos), dos Portos e Aeroportos, e André Fufuca (PP), do Esporte. Mesmo assim, não adiantou.
A votação representa uma das maiores derrotas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2025. Após o Congresso derrubar, em junho, o decreto que elevava o IOF, o Executivo enviou uma nova proposta para compensar a perda de arrecadação.