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Caso Ana Beatriz: o que se sabe e o que falta esclarecer sobre morte

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A morte da recém-nascida Ana Beatriz, de aproximadamente 15 dias, vem causando grande comoção e levantando fortes dúvidas sobre as circunstâncias do crime que ocorreu em Novo Lino (AL). O corpo da bebê foi encontrado pela Polícia Civil de Alagoas (PCAL) dentro de uma sacola, escondido em um armário na casa da mãe, que confessou o crime.


Caso chocou até polícia

  • Em entrevista ao Boletim Metrópoles nessa quarta-feira (16/4), o delegado João Marcelo, que investiga o caso, disse que ficou chocado com a situação.
  • Ele confessou que se sentiu emocionado ao ver o corpo da pequena bebê dentro do saco, no armário: “Infelizmente foi um final trágico”.
  • Jaelson da Silva Souza, pai da criança, não chegou a conhecer o bebê e só conseguiu vê-la já sem vida, durante a perícia, com autorização da polícia.
  • A menina foi morta por asfixia, com uso de um travesseiro. A mãe confessou o crime.

O que se sabe

Denúncia de desaparecimento

Na última sexta-feira (11/4), Eduarda Silva de Oliveira havia registrado o desaparecimento da filha alegando um sequestro por criminosos armados, as equipes da Polícia Civil, da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) e do Corpo de Bombeiros vinham realizando diligências ininterruptas para localizar a criança.

Versões contraditórias e confissão do crime

Antes da confissão, a mãe apresentou ao menos cinco versões diferentes sobre o desaparecimento da filha, incluindo sequestro em ponto de ônibus e invasão domiciliar seguida de abuso sexual, o que levantou suspeita policial. A corporação informou que todas as versões dadas pela mãe foram investigadas e desmentidas.

A dinâmica apresentada por Eduarda foi desmentida por cinco pessoas que testemunharam ela indo diretamente para a casa de uma vizinha, sem sofrer nenhuma abordagem no local e nos horários indicados por ela no depoimento.

Segundo a PCAL, após diversas versões contraditórias sobre o caso, Eduarda confessou ter asfixiado a filha com um travesseiro na madrugada de sexta (11/4), alegando que a bebê não parava de chorar há dois dias, além do barulho de um bar próximo à residência que a levou ao descontrole. Ela afirmou não saber o que se passou pela sua cabeça durante o ato.

Corpo foi encontrado em armário

O corpo de Ana Beatriz foi encontrado na terça-feira (15/4), dentro de uma sacola plástica, colocada em um armário na área da lavanderia da casa onde moravam, no município de Novo Lino. A localização foi indicada por Eduarda durante conversa com familiares e advogado.

Os policiais, ao chegarem à residência para investigar, logo perceberam um forte odor vindo da casa. A bebê já estava morta há alguns dias e o corpo apresentava sinais de decomposição, além de insetos.

Prisão convertida pela Justiça

A mulher foi presa em flagrante e, na quarta-feira (16/4), a Justiça converteu a prisão em flagrante de Eduarda para preventiva, considerando a gravidade do crime e a necessidade de garantir a ordem pública e a instrução criminal. Ela é investigada por infanticídio, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A polícia divulgou imagens da operação. Vídeos mostram o momento em que os policiais entraram na residência para realizar as buscas pela bebê. As imagens divulgadas revelam os agentes entrando na casa pela janela no primeiro instante.

Pai da bebê se pronunciou

O pai da bebê não a conhecia pessoalmente porque ele e a mãe da criança não mantinham um relacionamento próximo após o nascimento da menina. De acordo com o depoimento do pai, ele soube da morte da filha apenas quando foi informado por terceiros e, posteriormente, encontrou o corpo em um local indicado.

Em uma declaração, o pai disse apenas querer “dar um enterro digno” à filha, enquanto segurava uma toalha que pertencia à bebê. Ele acredita que a mulher tenha sofrido um surto psicótico no momento do crime.

Transferência para presídio

Eduarda será conduzida para o Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, onde ficará em cela separada das demais detentas.

O que ainda falta esclarecer:

Estado psicológico de Eduarda

Os policiais aguardam laudos psiquiátricos para avaliar se a jovem apresentava sinais de depressão pós-parto, transtornos mentais ou algum outro quadro que possa ter influenciado na ação da suspeita.

Possível envolvimento de terceiros

Até o momento, segundo os agentes, os policiais continuam as investigações para identificar outras pessoas que possam estar envolvidas na morte de Ana Beatriz. As autoridades não descartam a colaboração de outras pessoas, especialmente na ocultação do corpo.

Além disso, o delegado João Marcelo indicou que haverá uma investigação para comprovar se a mãe de Ana Beatriz disse totalmente a verdade ao confessar o assassinato.

Investigações

O caso segue sendo investigado pela PCAL, que aguarda laudos periciais para concluir a tipificação do crime — se homicídio qualificado ou infanticídio.

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