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segunda-feira, 7 abril, 2025
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    Carlos Bolsonaro presta depoimento à PF no caso “Abin paralela”

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    O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (4/4), no inquérito que apura a existência de uma estrutura ilegal de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecida como “Abin paralela”. A investigação está em fase final e deve ser concluída ainda neste mês.

    O depoimento do filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu na superintendência da PF no Rio de Janeiro. Conforme apurado pelo Metrópoles, o foco principal dos investigadores ao ouvir Carlos foi esclarecer a atuação do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e atualmente parlamentar. A PF já tem evidências para indiciar o deputado.

    Carlos negou qualquer relação próxima com Ramagem, afirmando que o conheceu apenas quando o hoje deputado assumiu a coordenação da segurança de Jair Bolsonaro, à época candidato à Presidência da República, após o atentado sofrido em Juiz de Fora (MG), em 2018.

    Em dezembro do ano passado, a PF obteve autorização do STF para usar a apuração do inquérito da trama golpista no caso da “Abin paralela”. Ramagem é réu, junto com o ex-presidente e outros 5 aliados, por golpe de Estado.

    Aos investigadores, o vereador também negou ter solicitado, por meio de assessores ou terceiros, qualquer informação ilegal obtida pela “Abin paralela” por meio do software israelense FirstMile — ferramenta usada para monitoramento ilegal de celulares. A assessora de Carlos, que também prestou depoimento, afirmou não conhecer Ramagem e negou todas as acusações.

    Operação

    Carlos Bolsonaro foi alvo da PF em janeiro do ano passado. As investigações apontam que o vereador teria encomendado pesquisas e sugerido alvos para serem monitorados pelo software espião, que rastreava a localização de pessoas. Segundo a apuração, rivais políticos, jornalistas e autoridades teriam sido monitorados de forma irregular, conforme o interesse do grupo.

    Na época, as buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Estão entre os nomes supostamente espionados os ministros do STF Gilmar Mendes e o próprio Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, atual ministro da Educação.

    Uma das evidências encontradas pela PF é uma troca de mensagens entre a assessora de Carlos e uma auxiliar de Ramagem, à época diretor da Abin. No diálogo, Luciana Almeida teria solicitado informações sobre dois inquéritos que envolviam Bolsonaro e seus filhos.

    Dias antes do depoimento, Ramagem foi alvo de operação da PF por suspeita de comandar o esquema de espionagem ilegal durante sua gestão na Abin, entre 2019 e 2022.

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