Alvo de um pedido de investigação pela Advocacia-Geral da União (AGU) por suposta ameaça contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) tem histórico polêmico. Ele brigou no plenário da Câmara com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e foi condenado, neste ano, por violência de gênero contra uma ex-colega da Câmara Municipal de Vitória, no Espírito Santo.
Uma notícia de fato foi enviada pela AGU à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (8/4), solicitando providências e eventual investigação criminal contra Gilvan da Federal. Durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara, ele disse que deseja a morte de Lula e afirmou que os seguranças do presidente andariam desarmados.
A fala ocorreu em discurso, após relatar um projeto que desarma os agentes de segurança da equipe do presidente Lula. “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! (…) Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra! (…) E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele andem com seus seguranças desarmados”, afirmou.
Em dezembro de 2023, Gilvan atacou o ex-vice-presidente da República, senador Hamilton Mourão, alegando que o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro abraçou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, então ministro da Justiça do governo Lula. A discussão foi tamanha que seguranças do Congresso precisaram separar os parlamentares.
Em março deste ano, ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) por ofender a deputada estadual Camila Valadão (PSol) em 2021, quando ambos eram vereadores. Ele teria chamado a política de “assassina de bebês” e “satanista”, após uma sessão da Câmara Municipal.