O Brasil teve aumento de 121 mil casos prováveis de dengue em 10 dias, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. A ministra da pasta, Nísia Trindade, afirmou que o país vai iniciar a vacinação contra a doença ainda neste mês para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios selecionados.
Dados compilados pelo governo federal até a Semana Epidemiológica nº 4, que encerrou em 27 de janeiro, mostram que 243.720 casos prováveis de dengue foram notificados. Nas primeiras quatro semanas, houve 24 mortes confirmadas, e outras 163 estavam sob investigação.
Informes diários
A última atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses, com informes diários sobre dengue, zika e chikungunya, aponta que o Brasil registrou 364.855 casos prováveis da doença até o fim da tarde desta terça-feira (6/2). Por esse levantamento, o país perdeu 40 vidas para a doença, e outras 265 mortes estão sendo investigadas.
Distrito Federal, Minas Gerais e Acre são as unidades da Federação com a maior incidência de casos de dengue a cada 100 mil habitantes. O maior número de óbitos e casos graves se concentram nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
O Ministério da Saúde não fechou os dados referentes à Semana Epidemiológica nº 5, que acabou em 3 de fevereiro. É possível que haja atualização nas informações apresentadas posteriormente, caso tenha alguma revisão nas secretarias estaduais.
Os dados apresentados pela pasta de Nísia Trindade consideram o coeficiente de incidência, que dimensiona o número de ocorrências da doença dividido pela população, multiplicado por 100 mil habitantes.
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Dengue, zika e chikungunya são doenças cujos nomes são conhecidos no Brasil. Os três vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, têm maior incidência no país em períodos de chuva e calor, e apresentam sintomas parecidos, apesar de pequenas sutilezas os diferenciarem
Joao Paulo Burini
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Febre, dor no corpo e manchas vermelhas são sintomas comuns da dengue e das outras as doenças. Apesar disso, a forma distinta como evoluem, a duração dos sintomas e o grau de complicação são algumas das diferenças entre elas
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Estar atento aos sinais e saber identificar as distinções é importante para um diagnóstico e tratamento precisos, pois, apesar do que se pensa, essas doenças são perigosas e podem matar
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Na dengue, os sinais e sintomas duram entre dois e sete dias. As complicações mais frequentes, além das já mencionadas, são dor abdominal, desidratação grave, problemas no fígado e neurológicos, além de dengue hemorrágica
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Além disso, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas, como a boca e o nariz, também podem acontecer em pacientes que contraem a dengue
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Os sintomas da zika são iguais aos da dengue, só que a infecção não costuma ser tão severa e passa mais rápido. Há, no entanto, um complicador caso a pessoa infectada esteja grávida
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Nestas situações, a doença pode prejudicar o bebê em formação causando microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, no qual o sistema nervoso passa a atacar as células nervosas do próprio organismo
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Já os sintomas da chikungunya duram até 15 dias e, segundo especialistas, provoca mais dores no corpo, entre as três doenças
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Assim como a infecção pela zika, a chikungunya pode resultar em alterações neurológicas e síndrome de Guillain-Barré
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Apesar de não existirem tratamentos para as doenças, há medicamentos que podem aliviar os sintomas, bem como a indicação de repouso total. Além disso, aspirinas não devem ser utilizadas, pois podem piorar o quadro do paciente
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Caso haja suspeita de infecção por qualquer um dos vírus, é importante ir ao hospital para identificar do que se trata e, assim, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível
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O Aedes aegypti é um mosquito que se aproveita de lixo espalhado e locais mal cuidados e é favorecido pelo calor e pela chuva. Por isso, impedir a presença de água parada em sua casa, rua e empresa é o suficiente para travar a proliferação do inseto
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Vacinação
O Ministério da Saúde vai definir nesta semana o calendário de vacinação contra a dengue. No primeiro momento, serão imunizados crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios selecionados pelo governo.
A vacina do laboratório japonês Takeda foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e incorporada ao Programa Nacional de Imunizações.