O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fechou um acordo de cooperação com a Indonésia em áreas que incluem petróleo, gás e mineração, e tenta atrair investimentos do país para o setor de biocombustíveis no Brasil. O titular da pasta acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na viagem pela Ásia, que começou em Jacarta nesta quarta-feira (22/10), e a partir de sábado (25/10) continua em Kuala Lampur, capital da Malásia.
O acordo foi assinado com o Ministério da Energia e Recursos Minerais da República da Indonésia e prevê cooperação de energia e recursos minerais, como atividades de upstream e downstream de petróleo e gás (extração e tratamento); energia nova e renovável, incluindo solar, eólica, hídrica, energia geotérmica, bioenergia e hidrogênio; eficiência energética; modernização da rede e rede inteligente; recurso mineral e sustentabilidade no setor de mineração.
Dessa forma, Brasil e Indonésia passam a atuar em conjunto numa série de iniciativas. Isso inclui a troca de informação sobre a política e regulamentação nos setores de energia e mineração, o compartilhamento de conhecimento sobre planejamento e investimento energético de longo prazo e parcerias para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás upstream, incluindo a integração de soluções de baixo carbono, como armazenamento de captura de carbono.
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Biocombustíveis
Além da parceria, o Ministério de Minas e Energia fará um seminário no Brasil no primeiro trimestre de 2026 sobre biocombustíveis, com a Indonésia. A ideia é para atrair novos investimentos, pois o país asiático também está aumentando a cota de etanol na gasolina.
Os indonésios estão prestes a adotar o E10 (mistura de 10% de etanol com 90% de gasolina), enquanto no Brasil está em vigor o E30. Quanto maior a cota, mais verde é o combustível. Recentemente, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu o aumento da combinação para 35%. Segundo o ministro, a ideia do seminário é reunir, além dos representantes dos governos, especialistas e o setor produtivo nacional.
“A nossa experiência e expertise com o etanol abre portas para novos mercados e investimentos, e é isso que queremos aproveitar. Apostamos que a cooperação e a transferência de tecnologias na descarbonização da matriz de transportes pode trazer grandes oportunidades para a nossa cana-de-açúcar e para o nosso etanol de milho, por exemplo”, afirmou Silveira ao Metrópoles.



