O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi quem mandou gravar a reunião com ministros em 5 de julho de 2022, usada pela Polícia Federal (PF) como indício de um esquema da suposta tentativa de golpe de Estado.
Durante a reunião, Bolsonaro ataca o sistema eleitoral e sugere medidas para impedir uma suposta fraude nas urnas, o que incluiria usar “seu Exército”.
Outros ministros fazem falas de acordo com as propostas de Bolsonaro e é revelado até o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar a campanha política de adversários.
Veja vídeo:
Em determinado momento da reunião, o então ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, defende uma união da CGU, da Polícia Federal e das Forças Armadas para atuar nesta suposta fraude das urnas. Wagner, então, faz uma pausa em sua fala e questiona: “A reunião está sendo gravada?”.
O ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto, e o próprio Bolsonaro indicam com gestos que a reunião não está sendo gravada. O então presidente então diz: “Eu mandei gravar a minha fala”.
Vídeo de reunião com Bolsonaro apreendido
A gravação dessa reunião foi achada no computador apreendido do ex-chefe da ajudância de ordem da presidência, tenente-coronel Mauro Cid.
O vídeo se tornou público após operação da PF na quinta-feira (8/2) contra uma tentativa de golpe de estado que teria sido arquitetada pelo grupo de Bolsonaro.