Home Brasil Bolo envenenado: polícia revela como fica caso após morte da suspeita

Bolo envenenado: polícia revela como fica caso após morte da suspeita

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Deise Moura dos Anjos, 42 anos, foi encontrada morta dentro da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), nesta quinta-feira (13/2). Ela estava presa sob suspeita de envenenar um bolo com arsênio, causando a morte de três membros da mesma família durante confraternização no dia 23 de dezembro de 2024.

De acordo com a Polícia Civil do estado, com o falecimento de Deise, a corporação encaminhará o resultado final das investigações ao Ministério Público, pois houve extinção da punibilidade devido à morte da “agente”.

Em entrevista ao Metrópoles, o chefe da Polícia Civil do RS, delegado Fernando Sodré, afirmou que Deise seria indiciada por quatro homicídios triplamente qualificados e duas tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras.

Apesar da morte, Sodré afirmou que as investigações dos dois casos, tanto da morte das mulheres quanto do sogro, continuam. Não há indícios de outros suspeitos.

“Nós temos que encerrar o inquérito para excluir qualquer outra possibilidade que envolva o fato, não só ela, como outras pessoas que possam ter participado […] Tudo isso termina no dia 20 de fevereiro. Vão ser emitidos dois inquéritos para a Justiça: o inquérito da morte do sogro de setembro de 2024 e a morte das pessoas do envenenamento do bolo”, conta Sodré ao Metrópoles. 


Entenda o caso

  • Em 23 de dezembro de 2024, uma família celebrava uma confraternização em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, quando consumiu um bolo envenenado com arsênio.
  • O incidente resultou na morte de três familiares e na internação de outras três pessoas, incluindo a mulher que preparou o doce.
  • As irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, morreram. A filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, também faleceu.
  • A suspeita de envenar o bolo é Deise Moura dos Anjo. Ela é nora de Paulo Luiz e Zeli dos Anjos, ambos vítimas de intoxicação por arsênio. Deise foi presa no dia 5 de janeiro.
  • Durante a rotina matinal na prisão, os agentes encontraram Deise enforcada com um pedaço de pano. Ela ainda estava viva quando foi socorrida, mas teve o óbito confirmado na enfermaria da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. Informações preliminares apontam para suicídio.

O delegado Fernando Sodré explicou que a história se tornou complexa com a morte da suspeita: “É um caso triste”.

Deise estava presa em Torres, mas foi transferida para Guaíba no dia 6 de fevereiro devido ao risco de morte, por causa da comoção do caso na cidade. As detentas com quem ela compartilhava a cela descobriram sobre a tentativa de  envenenamento do filho com arsênio, o que levou a tentativas de agressão contra ela.

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Deise dos Anjos, suspeita de envenenar bolo que ocasionou a morte de três pessoas

Reprodução

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Suspeita de colocar veneno em bolo no RS visitou sogra no hospital

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Quem era a suspeita de colocar arsênio em bolo e matar 3 no RS

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Exumação de corpo de sogro mostra que ele também ingeriu arsênio

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Reprodução/Getty Images

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Foi confirmado que o corpo do sogro da acusada tinha arsênio

Reprodução / Redes Sociais

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Maida Berenice Flores da Silva (à esquerda), Tatiana Denize Silva dos Santos (ao centro) e Neusa Denise da Silva dos Anjos (à direita) morreram após comerem um bolo no RS

Reprodução/TV Globo/Record TV

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Família foi hospitalizada após comerem bolo

Arte Metrópoles

Divórcio e aliança

Segundo a delegada Karoline Calegari, responsável pelo caso, o marido de Deise Moura dos Anjos  pediu o divórcio e a aliança da suspeita na quarta-feira (12/2), um dia antes da morte dela. O advogado de Diego dos Anjos visitou a suspeita na prisão.

De acordo com a polícia, ela era suspeita de ter cometido outros envenenamentos contra pessoas próximas, incluindo o marido e o filho, de 10 anos.

Recado antes da morte

Deise dos Anjos deixou um recado antes de ser encontrada morta em sua cela. De acordo com o chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré, Deise deixou um “tipo de desabafo” por escrito.

“Ela escreveu alguns bilhetes. Primeiro, tem uma camiseta em que ela escreveu um desabafo, dizendo: ‘Não sou assassina, só sou um ser humano fraco com depressão por tanto sofrer e pagar pelo erro dos outros’. É uma série de cartas. No primeiro momento, vimos apenas a camiseta, mas depois, na avaliação detalhada do local, apareceram alguns escritos”, conta Sodré.

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