A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets tenta notificar a advogada influencer e ex-Big Brother Brasil, Adélia de Jesus Soares, para prestar depoimento como testemunha na CPI, mas até o momento não obteve sucesso. Adélia é advogada da também influencer e também advogada Deolane Bezerra.
Inicialmente, a oitiva de Adélia estava marcada para o último dia 29 de abril, porém a advogada não compareceu na data prevista. O nome da influenciadora consta nas oitivas dessa quarta-feira (13/5), porém a presença de Adélia não é confirmada.
Tendo em vista que a influenciadora não esteve na primeira data, foi pedido pelo Senado a condução coercitiva—método impositivo aplicado pelas autoridades policiais por ordem do Poder Judiciário para garantir que as pessoas intimadas prestem depoimentos para a investigação em andamento— da advogada. O pedido foi aceito pela Justiça Federal de São Paulo.
Adélia Soares, de 44 anos, tem um histórico profissional significativo, incluindo uma passagem de 12 anos como diretora do Procon de Suzano e três gestões como presidente da Comissão de Proteção e Defesa do Consumidor da OAB.
Desde 2003, é proprietária do escritório Adélia Soares Advogados, e desde 2015 tem atuado na defesa de artistas e figuras públicas.
Além de representar Deolane Bezerra, Adélia já defendeu outras personalidades, como MC Mirella, Thomaz Costa e Deborah Albuquerque.
Em setembro do ano passado, a advogada foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por falsidade ideológica e associação criminosa.
Segundo as investigações da 9ª Delegacia de Polícia (DP) do Lago Norte, Adélia Soares teria se associado a chineses para abrir empresas de fachada que facilitariam a exploração ilegal de jogos de azar no Brasil.
A polícia afirma que Soares abriu uma empresa chamada Playflow, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, utilizando documentação falsa na junta comercial de Suzano, em São Paulo.
CPI das bets
O influencer Rico Melquíades vai depor como testemunha na CPI das bets nessa quarta-feira (14/5). O campeão do reality show A Fazenda 13 ganhou, a partir de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o direito de ficar em silêncio durante a oitiva.
O influenciador estará na CPI das Bets na condição de testemunha e terá o “dever legal de manifestar-se sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da investigação”.
