O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, se manifestou neste sábado (15/3) sobre os 40 anos da redemocratização do país, depois de 21 anos em regime ditatorial militar.
O magistrado lembrou que a geração da qual ele faz parte “traz as cicatrizes da ditadura e viveu as promessas da democracia”.
A data marca a posse de José Sarney como presidente interino da República, uma vez que o presidente eleito pelo Congresso da época, Tancredo Neves, havia sido hospitalizado e morreu pouco depois, sem nunca ter tomado posse.
“Nesse momento em que há escuridão no horizonte global, nós podemos ser as luzes do caminho. Tenho muita fé no Brasil e creio que com integridade, civilidade, idealismo, competência e progresso social, temos tudo para sermos a sensação do mundo. Democracia sempre”, defendeu Barroso.
Presidentes do Legislativo e do Executivo também comemoraram a data. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o 15 de março de 1985 será “lembrado como o dia em que o Brasil marcou o reencontro com a democracia”.
O petista ponderou que, apesar de momentos difíceis, “demos passos importantes para a construção do país que sonhamos”. “Um país democrático, livre e soberano”, acrescentou Lula.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), lembrou que, aos 35 anos, nasceu depois do marco e carrega “a responsabilidade de representar uma geração que tem a democracia como um princípio básico”.
“Podemos celebrar, mas nunca esquecer: a democracia é um bem inegociável. Seguirei usando a carta magna como uma bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros”, finalizou Motta.