Os furtos na conta de um trabalhador rural brasileiro de 59 anos, que somaram R$ 190 mil, começaram em março de 2023, conforme as investigações da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). O suspeito do crime foi preso na segunda-feira (17/6) em Goianira, Região Metropolitana de Goiânia.
A vítima trabalhava na Venezuela com o objetivo de juntar dinheiro para a aposentadoria, que iria usufruir no Brasil. Foram ao menos 10 anos de trabalho no país vizinho. Os salários eram enviados para Aruanã, Noroeste de Goiás, onde o trabalhador tinha uma conta poupança.
Os furtos eram praticados por um homem com idade entre 23 a 25 anos, que trabalhou como bancário na agência de um banco privado onde a vítima tinha a conta, em Aruanã.
“Provavelmente, devido às facilidades que o cargo lhe oferece, ele teve acesso à conta”, afirmou ao Metrópoles o delegado Thiago Carvalho, de Aruanã, responsável pelo caso.
As investigações revelaram que os saques eram realizados em Aruanã e cessaram após a transferência do bancário para Goianira. Desde então, o uso criminoso do dinheiro do trabalhador era realizado por meio de pagamentos com um cartão de débito.
O bancário foi preso em Goianira, porque havia sido transferido para outra agência do banco naquela cidade. “Ele utilizava o cartão da vítima. O cartão, inclusive, foi localizado na carteira dele no momento da prisão”, disse Carvalho.
Restaurantes caros e bens de luxo
O bancário utilizava o dinheiro para compras de bens de luxo e acesso a restaurantes caros. Apenas no último dia 9, um domingo, ele utilizou R$ 1,8 mil. O dinheiro foi para pagar a conta de um boliche e para comprar um relógio e roupas de marcas famosas.
A Justiça concedeu a prisão do bancário em caráter preventivo. Além da detenção do mesmo na segunda, foi cumprido um mandado de prisão. O suspeito já passou por uma audiência de custódia e está no presídio de Trindade, também um município da Região Metropolitana de Goiânia. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do bancário.
Relato
O crime só foi descoberto pela vítima no início deste mês e registrado na polícia no último dia 10 de junho. “No dia que a vítima chegou, ela foi verificar a conta e o saldo estava defasado. Ela registrou aqui (o caso) e a gente, com as investigações, conseguiu identificar o funcionário do banco”, explica o delegado.
