O ato de chupar dedo, em especial o polegar, é um hábito inerente. As crianças já fazem esse movimento de sucção ainda no útero da mãe, explica a dentista Alessandra Melazo Dias, especialista em Ortodontia da IGM.
“Geralmente esse movimento é aprendido no 2° a 3° mês de vida, quando o bebê inicia sua jornada de autoconhecimento, levando a mão à boca de uma maneira mais frequente mas, dessa vez, de propósito”, afirma.
Segundo ela, muitas crianças superam naturalmente o hábito entre os 2 e 4 anos de idade. “O ideal seria que essa superação ocorresse de forma natural no máximo até os 4 anos. Quando isto não ocorre de forma natural, é aconselhável buscar ajuda de profissionais capacitados como, por exemplo, o odontopediatra”, revela a profissional.
Consequências de chupar dedo
Alessandra lembra que chupar dedo, diferente da sucção de chupeta, não depende de um estímulo externo. Afinal, o hábito ocorre de forma intuitiva. Apesar disso, ele pode representar uma influência negativa ao desenvolvimento craniofacial quando persiste por um tempo muito longo, geralmente acima dos 4 anos de idade.
A dentista alerta que chupar o dedo persistentemente acima desta idade pode acarretar em alterações significativas, tais como:
Más posições dentárias (desalinhamentos e inclinações dos dentes superiores);
Perturbações no equilíbrio do crescimento dos maxilares e musculatura (mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior, retrusão da mandíbula, protrusão da maxila e atresia do palato);
Dificuldades na fala;
Respiração oral (pela boca);
Transtornos psicológicos (ansiedade, dependência emocional e problemas com autoestima).
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