A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama denunciou Vinícius Neres Ribeiro, nesta segunda-feira (17/3), por tentativa de feminicídio contra a última ex-namorada.
O crime ocorreu na última terça-feira (11/3), quando o denunciado invadiu o apartamento da vítima, no Gama, e deixou aberta a válvula do gás de cozinha, com intenção de matá-la por asfixia, segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Condenado a 23 anos de prisão pelo assassinato de Louise Maria da Silva Ribeiro, em 10 de março de 2016, Vinícius estava preso, mas passou para o regime semiaberto sete anos depois do crime.
Ele havia sido preso na semana passada, após ficar quatro dias sem voltar ao Complexo Progressão Penitenciária (CPP) – para onde deveria retornar após cumprir as atividades externas de estudo o trabalho, às quais tinha direito – e invadir a casa da ex-namorada mais recente que teve.
Após a prisão na 20ª Delegacia de Polícia (Gama), Vinícius foi indiciado pelos seguintes crimes:
- Tentativa de feminícidio;
- Furto qualificado;
- Perseguição;
- Violência psicológica (Lei Maria da Penha);
- Perigo para a vida ou saúde de outrem;
- Falsidade ideológica.
A tentativa de feminicídio ocorreu em contexto de violência doméstica e familiar, pois Vinícius e a vítima tiveram um relacionamento de sete meses, no ano passado. Os dois se conheceram na faculdade, mas a ex do criminoso descobriu sobre o passado dele e decidiu romper o namoro.
Desde então, o feminicida passou a persegui-la e usou o gás de cozinha do apartamento dela como meio asfixiante para tentar matá-la, segundo o MPDFT. Além disso, ao entrar na casa da ex, descumpriu medidas protetivas de urgência deferidas pela Justiça em nome da vítima.
A intenção dele, de acordo com a denúncia, era fazer com que a vítima inalasse o gás e morresse asfixiada ao voltar para casa. No entanto, o plano acabou frustrado pela ação da Polícia Penal do Distrito Federal, que o monitorava desde a fuga do CPP.
Os policiais o prenderam e, após identificarem o vazamento, acionaram a Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) antes do retorno da vítima para o apartamento.