O policial civil de Goiás Rafael da Gama Pinheiro (foto em destaque), de 34 anos, passou mal durante um treinamento de instrução aquática do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O agente não sobreviveu. Após o episódio, o comando-geral da corporação brasiliense publicou portaria para determinar a presença de um médico em todos os cursos da instituição.
Rafael participava do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote) da PCGO. Uma das etapas do treinamento incluia exercícios no Grupamento de Busca e Salvamento (GBSal) do CBMDF, na Vila Planalto. O CBMDF e a Polícia Civil do DF (PCDF) abriram investigação sobre a morte.
Segundo a Portaria Nº 10, de 6 de março de 2025, o diretor de saúde é o responsável pela atuação em saúde nos treinamento da corporação, ficando responsável pela montagem da Comissão Setorial de Saúde Integral para a redação de uma instrução normativa para os cursos do CBMDF.
Após passar sofrer uma parada cardiorrespiratória, o policial foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular. No entanto, Rafael não resistiu. O policial foi sepultado em 11 de março, em Goiânia. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, lamentou a perda.
Por meio das mídias sociais, a família lamentou a partida do policial. “Prefiro viver várias fases difíceis com você do que viver sem você”, escreveu a modelo Byanka Boni, viúva de Rafael. Além dela, Rafael deixa a filha, Olívia. O policial é filho do general da reserva do Exército Ajax Porto Pinheiro.
Silêncio
O Metrópoles entrou em contato com o CBMDF sobre o caso e questionou se havia um médico com o suporte adequado para garantir a segurança dos alunos no curso em que Rafael sofreu o mal súbito. Também questionou quais serão os próximos treinamentos previstos para 2025 e se terão profissionais de saúde. Não houve resposta.
A corporação se limitou a enviar a seguinte nota: “O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal instaurou procedimento apuratório – que corre de maneira sigilosa – e somente ao final da apuração teremos informações conclusivas sobre a situação”.
Não foi um caso isolado
Em 2023, o tenente da Polícia Militar de Alagoas Abraão da Silva Taveira, 39 anos, estava em uma atividade chamada “Administração e Controle de Pânico” quando se afogou dentro de uma manilha. O oficial participava de uma iniciativa coordenada pelo CBMDF. O militar sofreu parada cardíaca e morreu.
O tenente do Batalhão de Cães da PM alagoana fazia uma atividade dentro de uma manilha com água. Ele teria sofrido um mal súbito, permanecido com a cabeça submersa durante algum tempo e ficado vários minutos sem respirar.