A defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid sustentou que o tenente-coronel cumpriu o dever ao colaborar com a Polícia Federal (PF) na investigação que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como líder de uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram, na tarde desta terça-feira (25/3), sessão para decidir se aceitam ou não denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e mais sete aliados em ação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O advogado Cezar Bitencourt argumentou que o cliente apenas desempenhou sua função e destacou que Cid era testemunha, uma vez que tinha conhecimento sobre os fatos descritos na delação.
“Ele que desencadeou o andamento dessas questões. Não temos muito a falar a respeito do Cid, apenas destacar sua dignidade, sua grandeza, sua participação nos fatos como testemunha, como intermediário. No caso, como delator. As circunstâncias o colocaram nessa situação e, como assessor que foi do presidente, tinha conhecimento dos fatos, dos aspectos”, alegou.
“O delator Cid buscou fazer, cumprir sua missão. Nós não temos mais argumentos, necessidades. Apenas destacando que o Cid é um colaborador. Ele apenas serviu à Justiça. Trouxe sua contribuição. Sua parcela de contribuição para orientar e informar. Simplesmente isso”, acrescentou Bitencourt.
No momento da apresentação das defesas do oito denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o advogado que representa o delator do esquema, Mauro Cid, falou depois dos representantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao fim, a defesa pediu a absolvição de Cid, argumentando que ele colaborou com as investigações da PF e, posteriormente, com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Núcleo 1
Esse núcleo é considerado como “central” da possível organização criminosa. Ele inclui:
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; e
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil.