Na esteira das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendeu a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá.
“Não precisa ninguém nos falar sobre como preservar o meio ambiente”, disse o político em agenda, ao lado do chefe do Executivo, na manhã desta quinta-feira (13/2).
O que aconteceu
- Durante entrevista, Lula afirmou que quer entender se é possível explorar petróleo na Margem Equatorial e reclamou da demora do Ibama em autorizar o projeto.
- “Nós temos de autorizar que a Petrobras faça pesquisa. Se, depois, a gente for explorar, é outra discussão. O que não dá é ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo”, disse o presidente.
- A Petrobras quer investir US$ 3,1 bilhões para explorar petróleo e gás na região, mas a iniciativa depende do aval do Ibama, responsável por emitir o licenciamento ambiental.
- O tema voltou a ganhar força após a eleição do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado; ele é defensor da medida.
- Ambientalistas, no entanto, alertam sobre o perigo de prejuízos ambientais irreversíveis à região.
Randolfe, senador eleito pelo Amapá, participou de agenda ao lado do titular do Planalto, em Macapá, na manhã desta quinta-feira (13/2), e reforçou a pressão sobre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para liberar a licença para pesquisa e exploração de petróleo na região.
“Este povo conhece o meio ambiente porque está no meio da Floresta Amazônica. Não precisa ninguém nos falar sobre como preservar o meio ambiente. É por isso que esse povo compreende que suas riquezas e, sobretudo, a riqueza da costa do petróleo pode ser extraído e explorado em favor do povo amapaense”, disse o senador.
Também na agenda, o ministro Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, defendeu a medida e agradeceu ao presidente pelo apoio ao projeto. “Não é importante só para o Amapá, é para a Amazônia, para o Nordeste brasileiro, para diminuir desigualdades, dar oportunidade para o povo e continuar o projeto de transição energética neste país”, disse.