Alvo da aplicação da Lei Magnitsky, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não tem bens, nem conta, nem investimentos nos Estados Unidos. Além disso, o ministro não fez questão de renovar seu visto para entrada no país, pois não é um frequentador assíduo.
A sanção a Moraes, por meio da Magnitsky, consta no sistema do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que administra e aplica programas de sanções, e também no site do Departamento de Tesouro. A lei é usada para punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos.
Na prática, as sanções da Lei Magnitsky afetam os sancionados principalmente por meios econômicos, como o congelamento de bens e contas bancárias em solo ou instituições norte-americanas.
De acordo com o governo dos EUA, qualquer empresa ou bem relacionados ao ministro nos EUA estão bloqueados. Cidadãos norte-americanos também estão proibidos de fazer negócios com o ministro.
Em 18 de julho, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, havia anunciado a revogação de vistos de ministros do STF e de seus parentes, com a citação nominal a Moraes.
Leia também
-
Veja explicação oficial dos EUA para incluir Moraes em lista de sanção
-
Lei Magnitsky: Moraes é 1ª autoridade democrática a ser punida por EUA
-
Volta do Judiciário no STF deve ter falas de ministros sobre Magnitsky
-
Magnitsky: veja íntegra do documento do Tesouro dos EUA contra Moraes
Na justificativa das ações contra ministros do STF, e especificamente contra Moraes, o governo norte-americano cita o processo na Corte contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que virou réu por tentativa de golpe de Estado após perder a eleição de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Trump chegou a dizer que a Justiça brasileira promovia um “caça às bruxas” contra Bolsonaro.