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    Alimentos: governo zera alíquotas de importação e anuncia mais medidas

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    O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin anunciou, nesta quinta-feira (6/3), uma série de medidas visando a redução dos preços dos alimentos. Um dos principais pontos é zerar os tributos sobre vários alimentos importados, como café e carnes.


    Entenda

    • Nos últimos 12 meses, os preços dos alimentos consumidos nos domicílios subiram 7,45%, segundo o IBGE. O leite longa vida, por exemplo, teve alta de 16,19%, e as carnes aumentaram 21,17% no mesmo período.
    • O presidente Lula apresentou medidas para conter a alta dos preços dos alimentos. Antes da apresentação, Lula se reuniu com ministros da Casa Civil, Agricultura, Desenvolvimento, Desenvolvimento Agrário e Comunicação Social para discutir as medidas.
    • As medidas são divulgadas em meio à queda da popularidade do governo Lula.

    Terão alíquotas de importação zeradas:

    • Café, hoje taxado em 9%;
    • Azeite de oliva, hoje em 9%;
    • Óleo de girassol, hoje em 9%;
    • Milho, hoje em 7,2%
    • Açúcar, hoje em 14%;
    • Sardinha, hoje em 32%;
    • Biscoito, hoje em 16,2%;
    • Massa alimentícia, hoje em 14,4%;
    • Carne, hoje em 10,8%.

    A cota de importação do óleo de palma será ampliada, saindo das atuais 65 mil toneladas para 150 mil toneladas, o que na prática aumenta a oferta do produto.

    Outra resolução acertada é o fortalecimento do estoque regulador da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para evitar o aumento repentino do preço dos alimentos. Essa é uma medida defendida pelo próprio presidente Lula.

    A expectativa era de que o presidente Lula participasse do anúncio das medidas, no entanto, o petista não esteve presente.

    “Será levado aos governadores, o governo federal zerou os tributos sobre cesta básica. Então, não há tributo sobre cesta básica, mas alguns estados, em alguns produtos, ainda tributam o ICMS. Então, o apelo foi que, como o governo federal também já zerou o tributo sobre cesta básica, e também os estados zerem o ICMS”, disse o vice-presidente.

    No que se refere ao Plano Safra, programa de financiamento de aquisição de bens para agricultura, a previsão é de ampliar o benefício para os médios produtores, visando os itens da cesta básica.

    “Nós vimos aqui que alguns insumos são produtos da agricultura, que podem ser insumos para a indústria que importam. Então, eles também serão subsidiados”, explicou Paulo Teixeira. “Neste período agora nós vimos que os produtos in natura mantiveram seus preços. Isso já é reflexo desta prioridade, que ela será estendida também para os médios produtores.”

    A apresentação das medidas acontece após o petista se reunir com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social). Representando o Ministério da Fazenda, o secretário-executivo, Dario Durigan, esteve presente.

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    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

    Kebec Nogueira/Metrópoles
    @kebecfotografo

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    Os ministros apresentaram ao presidente formas para conter a alta no preço dos alimentos. Depois do encontro, o plano foi entregue aos empresários do ramo alimentício, para dar segmento ao projeto.

    As medidas são anunciadas em um momento crítico para o Palácio do Planalto, quando o governo Lula enfrenta uma série de quedas no índice de popularidade entre o eleitorado.

    Aprovação de Lula despenca para 24%, a menor de todos os mandatos

    Alta no preço dos alimentos

    Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a alimentação no domicílio teve uma variação de 7,45% nos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    Alimentos de domicílio são aqueles que compõem a cesta básica, como feijões, legumes, frutas, carnes, ovos, leites e outros.

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    Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

    Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
    No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
    De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
    No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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    Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

    KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

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    Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

    Olga Shumytskaya/ Getty Images

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    Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

    Javier Ghersi/ Getty Images

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    No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

    boonchai wedmakawand/ Getty Images

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    De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

    Eoneren/ Getty Images

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    No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

    selimaksan/ Getty Images

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    No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

    Adam Gault/ Getty Images

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    Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

    Javier Zayas Photography/ Getty Images

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    Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido

    coldsnowstormv/ Getty Images

     

    O leite longa vida, por exemplo, teve uma variação de 16,19% no IPCA nos últimos 12 meses. Já as carnes tiveram uma mudança de 21,17% nos preços.

    Willian Carvalho de Menezes
    Willian Carvalho de Menezes
    Jornalista Profissional (0014562/DF) e fotojornalista com 20 anos de experiência na cobertura de fatos que marcaram o Distrito Federal e o Brasil. Atualmente estou à frente do portal Clique DF, onde combino meu olhar jornalístico com a sensibilidade da fotografia para informar com responsabilidade, profundidade e compromisso com a verdade.

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