O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, comentou, nesta quarta-feira (23/4), a decisão do deputado federal Pedro Lucas (União-MA) de recusar o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações.
“Nós respeitamos a decisão, uma decisão de foro íntimo. Ele tomou essa decisão em razão de defender o próprio governo”, defendeu o vice-presidente.
Entenda
- Pedro Lucas foi indicado pelo União Brasil para comandar a pasta após a demissão de Juscelino Filho, da mesma sigla, que deixou o cargo ao ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção.
- No início do mês, o deputado chegou a ser anunciado como ministro, depois de uma reunião com Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
- No dia seguinte, no entanto, ele divulgou uma nota alegando que conversaria com a bancada antes de tomar a decisão. Pedro Lucas é líder do União Brasil na Câmara.
- Já na noite dessa terça, o parlamentar divulgou uma nova nota pedindo desculpas ao presidente e se explicou: “neste momento, posso contribuir mais com o país e com o próprio governo na função que exerço na Câmara dos Deputados”, justificou.
Durante entrevista à Rádio Itatiaia, Alckmin considerou que a recusa não se tratou de um “desprestígio” ao governo.
“Entendo que não. Foi uma decisão de foro íntimo do deputado Pedro Lucas, a quem eu tenho enorme respeito. E uma decisão até para ajudar o governo porque ele entendeu que poderia contribuir mais se mantendo na liderança do União na Câmara Federal“, destacou.
Em relação à pasta continuar sob o comando do União Brasil, partido de Pedro Lucas, o vice-presidente disse que o tema “ainda não foi decidido”.