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Alckmin diz que governo vai dialogar com os EUA sobre taxa do aço

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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta quarta-feira (12/2), que o governo federal vai buscar a administração de Donald Trump para negociar uma saída para as tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelo presidente dos Estados Unidos. A medida afeta diretamente a indústria brasileira, que exporta produtos para o país norte-americano.

Alckmin ressaltou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está aberto ao diálogo, e uma das possibilidades para minimizar o impacto das tarifas seria o mecanismo de cotas de importação, já estabelecido anteriormente. “Nós vamos dialogar para buscar um bom entendimento. Não tem guerra tributária, tem entendimento baseado no interesse público”, disse.


Brasil atingido

  • O governo de Trump decidiu taxar em 25% as importações dos EUA de aço e alumínio. A medida entra em vigor a partir de 12 de março e atinge diversos países.
  • Ao lado do Canadá e México, o Brasil é um dos maiores exportadores de aço para os EUA.
  • Os EUA foram o destino de 13,5% do total (72,4 mil toneladas) das exportações brasileiras de produtos de alumínio, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
  • No primeiro mandato, Trump também adotou tarifas sobre importações dos metais. À época, empresas do setor chegaram a anunciar demissões no Brasil, mas recuaram após o presidente norte-americano voltar atrás e cancelar a cobrança dos impostos.

“Estamos abertos ao diálogo. As cotas são um bom caminho. É um mecanismo inteligente porque, se você aumenta o imposto de importação do aço para os Estados Unidos, isso tem um efeito na cadeia. Você tem um encarecimento na cadeia. O que foi feito anteriormente? Cotas. Você tem uma determinada cota. Essa é uma boa solução”, pontuou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

O vice-presidente reuniu-se com a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, para discutir a questão. “Nós temos várias interlocuções e vamos, sim, procurar [os Estados Unidos] para a gente a melhor solução”, complementou o ministro.

Alckmin também defendeu que a decisão de Trump não foi “discriminatória”, pois afetou outros países, não só o Brasil. “Não foi [uma decisão] contra o Brasil. A alíquota foi imposta para o mundo inteiro. Então, não foi discriminatória, foi para o mundo todo.”

Confira a declaração do vice-presidente:

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