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sexta-feira, 2 maio, 2025
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    HomeBrasilAgora unidos, PP e União tiveram embates em 236 cidades nas eleições

    Agora unidos, PP e União tiveram embates em 236 cidades nas eleições

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    Após uma longa espera, União Brasil e Partido Progressistas (PP) se juntaram em uma “superfederação”, nomeada União Progressista (UP). As duas potências do Centrão passam, assim, a concentrar ainda mais poder e dividir uma fatia do Fundo Eleitoral que se aproxima de R$ 1 bilhão. Embora unidas, as siglas, entretanto, carregam um passado de disputas locais a superar.

    Nas últimas eleições municipais, em 2024, as duas siglas disputaram a prefeitura de 236 cidades. Em um quarto dessas localidades, os eleitores tinham como únicas opções um candidato do União Brasil e outro do PP. É o que mostra levantamento do Metrópoles, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionados a candidaturas aptas.

    Desse total de cidades em que o PP enfrentou o União Brasil, três eram capitais: Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ). Porém, somente em Campo Grande (MS) a disputa entre União e PP foi para o segundo turno – Adriana Lopes (PP) saiu vitoriosa.

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    Os números da união do novo partido

    A federação anunciada nesta semana traz números impactantes na correlação de forças da política. O grupo reunirá 109 deputados, 14 senadores, seis governadores, mais de 1,3 mil prefeituras e um fundo eleitoral quase bilionário. Os números podem mudar caso existam trocas partidárias.

    Dados do ano passado apontam que as duas legendas somaram R$ 954 milhões em recursos voltados ao financiamento de campanha. Como os valores são reajustados em todas as eleições, o valor para 2026 deve ficar bem próximo de R$ 1 bilhão para o fundo eleitoral da nova federação.

    O processo ainda será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará o aval para a federação passar a valer de fato. Caso isso ocorra, os dois partidos serão obrigados a ficar “casados” por ao menos quatro anos, além de terem que votar em consenso nas pautas legislativas.

    Ciro e Rueda “empoderados” e “rachas” marcam largada

    Os atuais presidentes do União, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, farão uma presidência dupla, neste primeiro momento da nova federação. Empoderados, eles serão responsáveis por tomar as decisões sobre o enorme grupo. Várias escolhas sobre 2026 nos dois partidos estão em espera, depois de a federação ser formalizada.

    Ainda sem validade, a junção do União Brasil e do PP já causa alguns impactos nos estados onde os partidos não estão do mesmo lado. Um dos exemplos é a Bahia, onde o União é oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), e o PP é base da gestão petista.

    Em outro caso, agora na Paraíba, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e o líder do União no Senado, senador Efraim Filho (PB), são pré-candidatos ao governo do estado. No Acre, o governador Gladson Camelli (PP) quer fazer um sucessor do seu partido, mas o senador Alan Rick (União-AC) é pré-candidato ao governo.

    Por ora, a definição é que, em estados sem consenso, a decisão terá que passar pela presidência nacional da federação, atualmente sob o comando de Rueda e Ciro.

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