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quarta-feira, 19 março, 2025
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    Prisão de delegado coloca em rota de colisão entidades da PCDF e PMDF

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    Após a ação criminosa do delegado Mikhail Rocha, que atirou contra a esposa e outras duas mulheres nesta quinta-feira (16/1), o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) manifestou repúdio ao pronunciamento do major Raphael Broocke. O porta-voz da Polícia Militar do DF (PMDF) concedeu entrevista sobre a prisão do delegado realizada por PMs. A Associação dos Oficiais da PMDF (Asof-PMDF), por sua vez, também se mostrou descontente por conta da manifestação do Sinpol-DF.

    Na visão do Sinpol, o major da PMDF agiu de maneira irresponsável e inadequada, utilizando o caso para autopromoção enquanto comentava a prisão do delegado, que estava afastado de suas funções na Polícia Civil do DF (PCDF) por problemas de saúde mental. “Embora a prisão esteja alinhada com os trâmites legais e os crimes cometidos sejam objeto de apuração pela PCDF, a conduta e as declarações do major destoaram do profissionalismo e do respeito que a situação exige”, afirmou o sindicato.

    A entrevista de Raphael Broocke ocorreu por volta das 12h na frente do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde fica o complexo da PCDF e para onde o delegado foi conduzido após a prisão. “É inaceitável que um profissional em cargo de liderança, como o de major e porta-voz da PMDF, se posicione com tamanha falta de respeito e sensibilidade em relação a um colega com quem compartilha as responsabilidades, os desafios e os deveres da segurança pública”, finalizou o Sinpol. A organização também lamentou os crimes em outra nota.

    Após a manifestação do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), foi vez da Associação dos Oficiais da PMDF se pronunciar sobre as críticas contra o major: “Lamentamos profundamente a tentativa do Sinpol-DF de distorcer a postura de um oficial da PMDF, promovendo ataques que não contribuem para a harmonia e a cooperação entre as forças de segurança pública do Distrito Federal”.

    Além disso, a Asof saiu em defesa das ações do major. “É importante ressaltar que o major Broocke, em sua função de porta-voz da PMDF, não agiu em causa própria, mas sim no cumprimento de seu dever institucional de informar a sociedade de forma clara, verídica e responsável. Em sua declaração, o major retratou os fatos conforme apurados pelas equipes da PMDF e atuou com o profissionalismo exigido de sua posição”, classificou.

    Prisão do delegado

    Imagens obtidas pela coluna Na Mira mostram o momento em que o delegado Mikhail Rocha foi preso em flagrante, por volta das 10h desta quinta-feira (16/1), no Lago Sul.

    A prisão foi efetuada por equipe do Batalhão de Policiamento de Choque (Patamo), com apoio do Grupo Tático Motociclístico (GTM) 25, ambos da PMDF.

    20 imagens

    Ele foi até o Hospital Brasília, no Lago Sul, onde atirou em enfermeira

    Mikhail Rocha e Menezes
    Mikhail foi flagrado ao sair de carro do condomínio onde cometeu crime
    Após crime, delegado fugiu com filho de 7 anos
    Delegado foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
    1 de 20

    Atirador estaria em surto

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

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    Ele foi até o Hospital Brasília, no Lago Sul, onde atirou em enfermeira

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    3 de 20

    Mikhail Rocha e Menezes

    Montagem sobre fotos de Vinicius Schimidt e Hugo Barreto/Metrópoles

    4 de 20

    Mikhail foi flagrado ao sair de carro do condomínio onde cometeu crime

    Material cedido ao Metrópoles

    5 de 20

    Após crime, delegado fugiu com filho de 7 anos

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    6 de 20

    Delegado foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    7 de 20

    Caso aconteceu nesta quinta-feira (16/1)

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    8 de 20

    Mikhail é delegado da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião)

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

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    Delegado Mikhail baleou duas pessoas no local

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    10 de 20

    Movimentação de policiais na Rua Pipiripau, no Residencial Santa Mônica

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    11 de 20

    Delegado gritou por atendimento em hospital

    Hugo Barreto/Metrópoles
    @hugobarretophoto

    12 de 20

    Caso aconteceu nesta quinta-feira (16/1)

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    13 de 20

    Fachada do Residencial Santa Mônica

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    14 de 20

    Delegado Mikhail baleou três pessoas no local

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    15 de 20

    Após crime, delegado fugiu com o filho de 7 anos

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    16 de 20

    Delegado foi preso após ataque

    Reprodução

    17 de 20

    Viatura da 30ª Delegacia de Polícia, onde o delegado Mikhail Rocha e Menezes é lotado, deixa local do crime, na rua Piripau, no Residencial Santa Mônica

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    18 de 20

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    19 de 20

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    20 de 20

    Supervisora de enfermagem Priscila Pessoa Rodrigues, 45

    Arquivo pessoal

    Em período de aproximadamente uma hora, o policial civil atirou na esposa, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, 40; na empregada da família, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45; e na supervisora de enfermagem Priscilla Pessôa Rodrigues, 45.

    Entenda a linha do tempo do ocorrido:

    • Por volta das 9h10 desta quinta-feira (16/1), o delegado Mikhail atirou contra a esposa, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, 40 anos, e a empregada da família, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45;
    • Minutos depois, ele e o filho, de 7 anos, saíram do Residencial Santa Mônica, no Setor Habitacional Tororó, em um Volkswagen Polo preto;
    • Os dois seguiram rumo ao Pronto-Socorro do Hospital Brasília, no Lago Sul, onde o delegado atirou contra a supervisora de enfermagem Priscilla Pessôa Rodrigues, 45;
    • Mikhail teria disparado após chegar e exigir atendimento de saúde para o filho, que estaria vomitando;
    • O delegado fugiu do hospital e, por volta das 10h, foi preso em flagrante pela PMDF, que conseguiu rastrear o veículo do agressor ainda no Lago Sul;
    • O delegado e demais testemunhas ligadas ao caso foram levados à Corregedoria da PCDF para prestar depoimento;
    • As informações eram de que o policial civil estaria em surto.

    Por meio da placa do automóvel, os policiais militares conseguiram rastrear o Volkswagen Polo preto do delegado após ele deixar o Pronto-Socorro do Hospital Brasília, no Lago Sul, onde Mikhail baleou Priscilla.

    As equipes acompanharam o veículo até a QL 23 do Lago Sul, próximo à subida para o Jardim Botânico. Ao ser abordado, o policial civil, que estava acompanhado do filho de 7 anos, não apresentou resistência.

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