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domingo, 12 janeiro, 2025
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    Demência: estudo aponta expectativa de vida após diagnóstico

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    A demência é uma das principais causas de incapacidade e dependência entre idosos em todo o mundo, e a sétima principal causa de morte, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pesquisadores do Centro Médico Universitário Erasmus MC, na Holanda, debruçaram-se sobre o tema para compreender como a doença afeta a expectativa de vida dos pacientes.

    Os cientistas descobriram que a expectativa de vida média de uma pessoa com demência varia de dois a nove anos após o diagnóstico. A idade em que a condição é identificada é um fator importante. A conclusão foi publicada em novembro de 2024, no jornal científico BMJ.

    O estudo também revela que uma em cada três pessoas com demência é internada em uma casa de repouso dentro de três anos após o diagnóstico.

    Demência e expectativa de vida

    Para entender melhor a relação entre o diagnóstico e a expectativa de vida, os pesquisadores da Holanda analisaram 261 pesquisas publicadas entre 1984 e 2024. Entre elas, 235 eram sobre sobrevivência e 79 sobre admissão em casas de repouso.

    Juntas, elas continham dados de mais de 5,5 milhões de pessoas com idade média de 79 anos, de diferentes partes do mundo, incluindo Europa, Ásia, América do Norte e do Sul e Oceania.

    A expectativa de vida após um diagnóstico de demência varia significativamente dependendo de fatores como:

    • Idade em que o diagnóstico é dado;
    • Sexo do paciente;
    • Tipo de demência diagnosticada.

    Homens diagnosticados aos 65 anos têm, em média, 5,7 anos de expectativa de vida, enquanto aqueles que recebem o laudo positivo aos 85 anos vivem cerca de 2,2 anos.

    Mulheres diagnosticadas aos 65 anos têm expectativa de vida de até 9 anos, enquanto aquelas com 85 anos podem esperar viver, em média, mais 4,5 anos.

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    Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

    Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
    Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
    Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
    Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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    Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

    PM Images/ Getty Images

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    Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

    Andrew Brookes/ Getty Images

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    Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

    Westend61/ Getty Images

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    Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

    urbazon/ Getty Images

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    Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

    OsakaWayne Studios/ Getty Images

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    Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

    Kobus Louw/ Getty Images

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    Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

    Rossella De Berti/ Getty Images

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    O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

    Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

    As populações asiáticas tendem a viver cerca de 1,4 ano a mais do que as europeias e dos Estados Unidos. Pessoas com Alzheimer também parecem sobreviver 1,4 a mais do que as diagnosticadas com outras formas de demência.

    “Estudos futuros sobre prognóstico individualizado devem, idealmente, incluir pacientes no momento do diagnóstico, levando em consideração fatores pessoais, sociais, estágio da doença e comorbidade, ao mesmo tempo em que avaliam medidas de resultados funcionais relevantes além da sobrevivência isoladamente”, consideram os pesquisadores.

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