spot_img
domingo, 12 janeiro, 2025
More
    spot_img
    HomeBrasiliaFilho de 4 anos viu mãe ser morta e avisou avó: “Papai...

    Filho de 4 anos viu mãe ser morta e avisou avó: “Papai matou a mamãe”

    -

    O primeiro feminicídio do ano aconteceu na frente dos dois filhos do casal, um de 4 e outro de 2 anos. Foi o menino mais velho que avisou a avó do crime brutal. Ela era mãe da vítima, Ana Moura Virtuoso, 27, (os dois na foto em destaque) e morava em um lote vizinho.

    As informações foram repassadas pelo delegado adjunto da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), Horácio Neto, na noite desta segunda-feira (6/1), após a prisão do suspeito, em Formosa (GO). O crime ocorreu no domingo (5/1).

    Jadison Soares da Silva, 47 anos, foi encontrado enquanto tentava fugir para o interior do Piauí. As equipes da polícia souberam que ele tinha parentes em Cristalândia (PI) e procuraram o suspeito em rodovias interestaduais do Distrito Federal e do Entorno.

    O pedreiro foi encontrado em um guichê para comprar a passagem à cidade em que mora o pai dele. Segundo o delegado, Jadison chamava a atenção por estar com óculos e boné.

    8 imagens

    Ela foi golpeada com uma faca e não resistiu

    Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros
    Vítima tinha 27 anos
    Ana Moura era companheira de Jadison Soares da Silva
    Jadison tem 41 anos
    1 de 8

    Ana Moura Virtuoso foi morta neste domingo (5/1)

    Reprodução

    2 de 8

    Ela foi golpeada com uma faca e não resistiu

    Reprodução

    3 de 8

    Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros

    Reprodução

    4 de 8

    Vítima tinha 27 anos

    Reprodução

    5 de 8

    Ana Moura era companheira de Jadison Soares da Silva

    Reprodução

    6 de 8

    Jadison tem 41 anos

    Reprodução

    7 de 8

    Ele é o principal suspeito do crime

    Reprodução

    8 de 8

    Suspeito está desaparecido

    Reprodução

    “Ele viu a polícia e pegou o celular rápido, o que também causou uma desconfiança, aparentava um nervosismo”, destacou. A polícia vai investigar, ainda, se ele teve a ajuda de alguém para escapar.

    Segundo o delegado, o menino de 4 anos foi até a casa da avó e disse: “Papai matou a mamãe”.

    Jadison já tinha uma extensa ficha por violência doméstica. A ex-mulher o denunciou três vezes e a atual companheira também o registou quatro ocorrências da Lei Maria da Penha. O

    “Os vizinhos nem se assustavam mais com os barulhos, os filhos já não choravam de tão comum que as agressões tinha ficado naquela família”.

    De acordo com as informações, o suspeito teria se desentendido com a mulher por ciúmes. A familiares, o pedreiro teria confessado o crime, mas disse que a esfaqueou “por acidente”.

    Jadison era usuário de cocaína, mas não há informações se ele estava sob efeito de drogas no momento do crime.

    3 imagens

    Delegado-adjunto Horácio Neto contou que a polícia identificou rota de fuga de suspeito

    Vítima foi levada ferida à delegacia, mas não resistiu e morreu no pátio da unidade policial
    1 de 3

    Policiais da 8ª Delegacia de Polícia prenderam suspeito de feminicídio

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

    2 de 3

    Delegado-adjunto Horácio Neto contou que a polícia identificou rota de fuga de suspeito

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

    3 de 3

    Vítima foi levada ferida à delegacia, mas não resistiu e morreu no pátio da unidade policial

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

    Violência constante

    Ana foi a primeira vítima de feminicídio de 2025 na capital federal. Ela denunciava agressões cometidas por Jadison há pelo menos cinco anos. A jovem foi morta a facadas e levada por um vizinho à delegacia, mas não resistiu e morreu na unidade policial.

    Segundo relatos da vizinha da casa de fundos de onde Ana e Jadison residiam com dois filhos, a mulher sofria agressões físicas e verbais “quase todos os dias”.

    As discussões eram motivadas, na maioria das vezes, por ciúmes e por divergências do casal em relação aos cuidados com a casa e com os filhos.

    Agressões e ofensas

    A vítima já havia registrado pelo menos quatro boletins de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) contra Jadison: em 2020, por lesão corporal; em 2021, por injúria e vias de fato; e duas denúncias em 2022, sendo uma por ameaça e lesão corporal e outra apenas por lesão corporal.

    Em abril de 2023, Ana decidiu pedir ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) uma medida protetiva contra Jadison. No dia 22 daquele mês, o homem teria agredido a esposa, fazendo um corte na mão dela com um canivete, além de diversas ameaças como: “Vou te matar […] vou acabar com sua vida”; e ofensas e xingamentos, do tipo: “Desgraçada! Puta! Vai se fuder, porra!”. Os pais da jovem viram tudo de perto.

    Na ocasião, a vítima disse que as agressões verbais ocorriam rotineiramente. Jadison fazia uso de álcool e drogas e, segundo Ana, se tornou violento e extremamente agressivo com o passar do tempo.

    Jadison chegou a ser preso no mês seguinte por violar a medida protetiva determinada pela Justiça. Em junho, porém, ele ganhou liberdade provisória, e Ana Moura pediu a retirada da medida.

    Ana não foi a única mulher alvo das agressões de Jadison. Em dezembro de 2018, ele invadiu a casa da então sogra (mãe de uma companheira anterior a Ana) e a atacou com empurrões e ofensas.

    Jadison é pedreiro, e Ana estava desempregada. O suspeito está desaparecido.

     

     

    Related articles

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Stay Connected

    0FansLike
    0FollowersFollow
    3,912FollowersFollow
    22,200SubscribersSubscribe
    spot_img

    Latest posts