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terça-feira, 18 março, 2025
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    HomeBrasiliaMulher morta estrangulada no DF denunciou o companheiro 11 vezes

    Mulher morta estrangulada no DF denunciou o companheiro 11 vezes

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    Dias após o primeiro registro de feminicídio do ano, Diana faria Lima (foto em destaque), 37 anos, tornou-se mais uma vítima da violência que só cresce no DF. Na manhã desta segunda-feira (15/1), a mulher foi morta após ter a traqueia esmagada pelo próprio companheiro.

    O suspeito de cometer o crime, identificado como Kelsen Oliveira Macedo, 42 anos, está foragido e é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).


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    Segundo apurado pelo Metrópoles, o homem possui diversas passagens pela polícia. Diana registrou 11 boletins de ocorrência contra o companheiro pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal, todos no âmbito da Lei Maria da Penha.

    A mulher teve medidas protetivas concedidas pela Justiça do Distrito Federal, bem como chegou a receber acompanhamento da Assistência da Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) e abrigo na Casa da Mulher Brasileira.

    No entanto, Diana teria solicitado a retirada das medidas, fugido do abrigo e voltado a viver em um ciclo de violências. Segundo vizinhos ouvidos pela reportagem, os episódios de agressão eram constantes entre o casal.

    “Diana morava aqui nos fundos. Quando saí de casa, vi o corpo. A cabeça toda ensanguentada”, disse Felipe Inácio da Silva , 19 anos, filho do dono da casa onde a vítima morava.

    Segundo o jovem, a mulher residia sozinha e há cerca de 5 meses no local. “O agressor não morava aqui, mas vinha direto. Ele a agredia sempre. Pelo menos seis vezes no mês chamávamos a polícia para conter as agressões”, relatou.

    Uma segunda vizinha de Diana contou que frequentemente ouvia a mulher gritando por socorro. “Chamávamos a polícia, mas nada era feito”, detalhou Letícia Cardoso, 19 anos.

    “Ele (agressor) constantemente dopava e agredia a Diana. Sabemos que ela tinha medida protetiva, mas os dois sempre voltavam a ficar juntos. Foi ele, inclusive, que chamou os bombeiros logo após assassina-lá”, disse Letícia.

    Conforme relatado pelos moradores, Diana tinha um filho que morava com a mãe dela, no Nordeste.

    Feminicídio

    O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) enviou uma aeronave para atender a ocorrência, registrada inicialmente como caso de suposta queda.

    Equipes da corporação tentaram reanimar a vítima – que estava em parada cardiorrespiratória e tinha suspeita de traumatismo cranioencefálico, bem como sangramento nos ouvidos –, mas não conseguiram.

    Também acionada para o endereço onde estava a vítima, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que o próprio companheiro da vítima ligou para os bombeiros. Porém, Kelsen alegou que Diana tomava banho, quando teria supostamente usado cocaína e caído, com sangramento pela boca e pelos ouvidos.

    Diana também “apresentava lesão no rosto e afundamento da traqueia”, segundo a PMDF. “O solicitante [quem ligou para a polícia], que é companheiro da vítima, informou que ela era dependente química e estava sob efeito de cocaína. Ele fugiu do local”, completou a corporação.

    O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia.

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