A família proprietária do Libanus, tradicional rede de restaurantes e bares do Distrito Federal, é investigada por sonegar cerca de R$ 16 milhões, informou a Polícia Civil.
Os donos dos estabelecimentos foram alvo, na manhã desta quarta-feira (13/9), de operação conjunta de agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária e da Receita do DF.
Participaram da ação cerca de 40 policiais do Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal, além de auditores da Receita do Distrito Federal.
O nome da operação, “Sceleris”, é uma referência à expressão latina “pactum sceleris”, que significa “ajuste para a prática de infração penal”.
A defesa dos investigados não foi localizada até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto.
Como funcionava o esquema
De acordo com as apurações realizadas pelos policiais e pelos auditores da Receita, as empresas, após não recolherem os impostos devidos, ainda realizam sucessivas simulações de pagamento que muitas vezes levam o sistema de Justiça e Fazenda Distrital a acreditarem que em algum momento os devedores iriam quitar suas dívidas.
Porém, a investigação evidencia que os devedores não tinham intenção de adequar-se à conformidade fiscal junto à Receita do Distrito Federal.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Plano Piloto, em Águas Claras, Vicente Pires e Taguatinga, nos estabelecimentos e residências dos empresários.
Os suspeitos estão sendo investigados pela prática de crimes contra a ordem tributária (sonegação fiscal) e lavagem de dinheiro, e, ao final, podem ser condenados às penas que variam entre 5 a 15 anos.