O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) respondeu, nesta quinta-feira (23/10), à declaração do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), que classificou como “imprudente” a possível candidatura do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República em 2026.
Por meio do X (antigo Twitter), o “filho 03” ironizou o senador mineiro e afirmou que muitos erros cometidos pelo grupo bolsonarista serão “corrigidos”.
“Imprudente foi darmos a vaga do Senado para você. Mas muitos dos nossos erros serão corrigidos”, escreveu Eduardo.
Veja na íntegra:
Imprudente foi darmos a vaga do senado para você. Mas muitos dos nossos erros iremos corrigir. pic.twitter.com/wcMyH5fzBz
— Eduardo Bolsonaro
(@BolsonaroSP) October 23, 2025
A fala de Cleitinho, noticiada pela coluna Paulo Capelli, do Metrópoles, repercutiu entre aliados e apoiadores de Bolsonaro. O senador defendeu que uma candidatura presidencial exige presença física no país.
“Não acho prudente o Eduardo ser candidato, até porque não estará no Brasil. Ele perderia contra Lula. O candidato tem que estar aqui para poder fazer campanha”, afirmou.
Apesar da crítica, Cleitinho elogiou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, ao ser questionado sobre uma eventual candidatura dele ao Planalto. “O Flávio é muito preparado. Extremamente preparado”, avaliou.
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Críticas e retratação
As declarações do senador mineiro, que também afirmou não apoiar cegamente um nome indicado por Jair, provocaram forte reação entre influenciadores de direita.
Após a repercussão negativa, o senador foi ao Plenário do Senado e às redes sociais, nessa quarta-feira (22/10), para se retratar e pedir desculpas ao ex-presidente.
“Quero começar a minha fala hoje com uma coisa que meu pai sempre me ensinou: ser homem e, quando a gente tiver equívoco e tiver falha, reconhecer. Venho aqui hoje pedir perdão para o nosso querido ex-presidente Bolsonaro”, declarou.
Ao Metrópoles, Cleitinho afirmou que mantém o sentimento de gratidão a Bolsonaro, mas reforçou que não pretende votar “necessariamente” no candidato apoiado por ele.
“Sou muito grato ao Bolsonaro e não estou o abandonando. Sempre defendi a honra do Bolsonaro e da família dele aqui no Senado. Nunca darei as costas a ele. Votarei a favor da anistia caso o texto venha para o Senado. Já fui detonado e chamado de ingrato. Jamais! Não cuspo no prato que como”, finalizou.


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