O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) julgará recurso no caso do divórcio de R$ 160 milhões do empresário Lucas Queiroz Abud e de Fabiana Durand Gordilho que tem abalado a alta sociedade de Salvador.
Os desembargadores devem analisar, em breve, o pedido de Lucas Abud contra a decisão que garantiu à ex-mulher a prorrogação da pensão alimentícia prevista no acordo do divórcio já paga ao longo de cinco anos.
Os pagamentos foram estendidos até o encerramento da ação em que Fabiana tenta anular o divórcio. Segundo a defesa do empresário, a decisão de prorrogação sem prazo definido pode arrastar o pagamento por décadas.
Em agosto de 2024, o TJBA entendeu, por maioria, que Fabiana precisa dos recursos para sobreviver. Essa informação é contestada pelo ex-marido, segundo o qual a ex-mulher mantém uma vida luxuosa com viagens internacionais que incluem destinos como Havaí e Europa, além de aquisição de itens caros como bolsas e sapatos de grife.
Ao recorrer contra a continuidade do pagamento para além do prazo acordado no divórcio consensual, o empresário também indica que a mulher tem participação na escola de ballet da mãe, em Salvador. Uma nova filial do empreendimento, com investimento estimado em R$ 6 milhões, está em construção.
Fabiana e Lucas Abud se divorciaram em 2019. O acordo consensual, homologado na Justiça, previa partilha de bens e, também, que Lucas bancaria o aluguel de apartamento de 400 metros quadrados, no valor superior a R$ 30 mil; carro blindado com motorista; plano de saúde; viagem ao exterior com os filhos; e pagamento de dinheiro a título de alimentos para a ex. O processo tramita em sigilo.
Um dos argumentos usados por Lucas Abud no processo é o fato de que sua ex-mulher admitiu, em troca de mensagens, ter “errado” na condução da vida a dois. Nessas mensagens, ela chega a pedir perdão ao ex-marido e insistir para retomar o relacionamento.
Depois de anos, a mulher entrou com uma ação para anular o divórcio sob argumento de que foi vítima de violência doméstica e de que teria sido obrigada a assinar o acordo por ameaça e medo, segundo as informações apuradas pelo Metrópoles. O empresário nega as acusações e a acusa de fraude porque não estava com a ex-mulher, nos EUA, na data em que ela diz ter sido agredida.
Em junho de 2025, Fabiana solicitou medidas protetivas de urgência contra o ex, o que foi negado pela Justiça da Bahia sob argumento de que não havia nenhum risco iminente à integridade física, psíquica ou moral da mulher.
A defesa de Fabiana se manifestou, anteriormente, dizendo que “o processo é sigiloso, o que impede sua divulgação”. “Enquanto a nossa cliente não se sentir forte o bastante para levar a público tudo o que ocorreu, continuaremos respondendo nos processos e protegendo-a, certos de que estamos ao lado da verdade e que assim estaremos sendo mais advogados, em reverência a essa profissão honrosa que decidimos abraçar”, afirmou.