O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta sexta-feira (10/10), durante o Fórum Esfera Internacional em Belém, que os brasileiros estão superando a chamada “síndrome do vira-lata”. Segundo ele, as pessoas passaram a valorizar as belezas do país, que são mais bonitas e atrativas do que muitas do exterior.
“Nós estamos superando muita maestria síndrome do vira-lata que nós temos aqui no Brasil […] Os voos que iam daqui para Lisboa iam cheios de brasileiros. Agora, já começamos a ver os europeus vindo para cá”, destacou Sabino, ressaltando que o fenômeno evidencia o sucesso e avanço das políticas públicas voltadas ao turismo, que geram mais dignidade e orgulho para os brasileiros.
O ministro também apresentou dados do setor. O Brasil recebeu 6,8 milhões de turistas internacionais em um ano.
Este ano, o Ministério do Turismo estima que até 31 de dezembro o país receba mais de 10 milhões de visitantes, sendo que sete milhões já foram alcançados. Ele destacou ainda que Belém está recebendo investimentos em placas de sinalização turística bilíngue e formação de profissionais em vários idiomas para atender aos visitantes.
Permanência no governo Lula
Sabino aproveitou para reforçar sua permanência no cargo, apesar da decisão do União Brasil, que determinou seu afastamento do ministério por infidelidade partidária e dissolveu o diretório da legenda no Pará. “Seria uma grande covardia se eu abandonasse o ministério atualmente — considerando especialmente a importância do turismo no Brasil e no Pará”, disse.
Na quarta-feira (8/10), o União Brasil determinou seu afastamento por infidelidade partidária e dissolveu o diretório da legenda no Pará, presidido pelo ministro. Apesar disso, ele decidiu permanecer no cargo, afirmando que sua prioridade é beneficiar a coletividade e dar continuidade aos projetos em execução, especialmente os voltados à Amazônia e à COP30.
Em nota publicada nas redes sociais, Sabino reforçou:
“Pelo bem do turismo brasileiro, mas especialmente pelo bem do povo do Pará, eu fico no governo ao lado do presidente Lula, para dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito em todo o país. Mesmo diante de todas as pressões do meu partido, não tenho dúvidas de que o melhor é ficar ao lado dos interesses do povo brasileiro e do povo paraense. Acredito que devemos beneficiar a coletividade, e nossas decisões devem estar acima dos interesses de qualquer projeto eleitoral, pessoal ou partidário. Minha posição é de defender sempre o que for melhor para o estado do Pará e para o Brasil. Mantenho-me assim: fiel aos meus princípios e ao povo que me elegeu.”