O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (19/9), que a religião “não pode ser usada de forma eleitoreira” e que não gosta de ir em igrejas durante a campanha eleitoral. A fala se deu ao podcast “Papo de Crente”.
Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva têm aumentado os acenos aos evangélicos em uma tentativa de diminuir a rejeição dessa população, que é majoritariamente alinhada a uma pauta mais conservadora e de costumes.
Leia também
-
Ipsos-Ipec: governo Lula melhora, mas percepção geral segue negativa
-
Lula liga para emir do Catar e se solidariza após ataque de Israel
-
Lula conversa com Sabino nesta sexta após ultimato do União Brasil
-
Para aliados, Lula se livrou do União Brasil no “timing” certo
“Eu não gosto de ir em igreja na época de campanha porque não acho que a gente pode utilizar o nome de Deus em vão, não acho que se deva utilizar a religião eleitoralmente. A religião é um momento de você proferir a sua fé, eu não tento fazer disso política”, declarou.
Durante as eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de cultos e recebeu apoio de lideranças evangélicas, sendo o seu principal aliado nesse segmento o pastor Silas Malafaia. Lula disse, durante a entrevista, que se recusa a “utilizar uma igreja como palanque”.
“Se alguém achar que eu vou ganhar uma eleição porque eu vou numa igreja fazer discurso, esqueça de mim, porque eu não vou fazer. Não me faça utilizar uma igreja como palanque, que eu não vou utilizar”, disse.