O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes sociais para comentar as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) acerca da ação penal que tramita no STF contra seu pai, Jair Bolsonaro (PL). Em sua conta na rede X, Eduardo escreveu: “PGR pede até 43 anos de prisão a Jair Bolsonaro. A quem interessa isso tudo?”.
Veja post:
PGR Gonet pede até 43 anos de prisão de @jairbolsonaro por:
-Tentativa de golpe
-Abolição violenta do Estado democrático de direito
-Organização criminosa armada
-Dano qualificado
-Deterioração de patrimônio tombadoA quem interessa tudo isso?
— Eduardo Bolsonaro
(@BolsonaroSP) July 15, 2025
Nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro está licenciado de seu cargo e convocou coletiva de imprensa para o dia 17 de julho a fim de tratar de seu futuro na política. O filho 03 de Bolsonaro acredita que o presidente norte-americano, Donald Trump, é o único capaz de “frear os supostos desmandos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Mores”.
Em 9 de julho, Trump anunciou uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros como uma espécie de punição ao que chama de cerco judicial contra Bolsonaro.
No fim da noite dessa segunda-feira (14/7), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, entregou STF as alegações finais na ação penal nº 2.668, que investiga suposta trama golpista. São réus no caso Bolsonaro aliados.
Alegações
A entrega de Gonet ocorreu um pouco antes da meia-noite. O documento tem 517 páginas. No parecer, Gonet pede a condenação de Bolsonaro pelos seguintes crimes:
- liderar organização criminosa
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- golpe de Estado
- dano qualificado pela violência, e
- grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deteriorização de patrimônio tombado.
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Jair Bolsonaro em manifestação Avenida na Paulista
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O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Além de Bolsonaro, o PGR pediu a condenação dos outros sete integrantes do núcleo 1 da trama golpista. São eles:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; e
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil.
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Após a apresentação das alegações finais por Gonet, começa a contar o prazo para a manifestação da defesa do ex-ajudante de ordens e delator do caso, Mauro Cid. Na sequência, após os 15 dias concedidos a Cid, abre-se o prazo conjunto para as demais defesas, entre elas a de Bolsonaro.
A ação penal é de relatoria do ministro Alexandre de Moraes.