Para o e-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), parece ter “uma coisa mais pessoal” contra ele. O ministro, que é relator da ação sobre a trama golpista na qual o ex-presidente é réu, estaria, ainda, pulando etapas do processo.
“Não consigo entender porque essa gana persecutória por parte dele. A gente não ganha nenhuma contra o Alexandre de Moraes. Um recurso, por mais óbvio que seja. A gente não ganha nada”, afirmou o ex-presidente
Apesar da alegação, Moraes, recentemente, liberou o acesso do ex-presidente a todas as provas do processo após o pedido dos advogados de defesa, e listou as testemunhas que serão ouvidas na ação penal.
Bolsonaro também comentou as duas ações que o deixaram inelegível:uma devido à reunião realizada com embaixadores, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação e outra pelo uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.
Segundo o ex-presidente, ele seria condenado de qualquer maneira. “Poderia ser por jogar papel no chão”, ironizou, durante uma entrevista ao portal Uol, nesta quarta-feira (14/5). “É um julgamento político. Não justifica o que tá acontecendo”, ressaltou.
Na noite dessa terça-feira (13/5), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o cancelamento de audiências com testemunhas indicadas pelo juiz no processo relacionado à trama golpista. A defesa argumenta que os advogados do político não tiveram tempo hábil para analisar todas as provas apresentadas pela Polícia Federal (PF).
Agenda política
Nesta quarta, o ex-presidente disse que estará em Fortaleza, na semana que vem, para retomar sua agenda política. O ex-presidente ficou 21 internados, em Brasília, no mês de maio, depois de precisar realizar uma cirurgia de desobstrução intestinal.
A primeira aparição pública de Jair Bolsonaro depois do período na UTI do Hospital DF Star aconteceu na última quarta-feira (7/5), quando, mesmo recém-saído do hospital e com indicação médica para evitar aglomerações, ele esteve presente no ato pró-anistia ao lado de apoiadores.
