Começar na academia é um passo importante para quem busca mais saúde e bem-estar, mas a empolgação do início geralmente vem acompanhada de ansiedade por resultados rápidos.
Nas primeiras semanas de adaptação, muita gente já espera mudanças visíveis no corpo — mas isso depende de fatores como frequência, alimentação e tipo de treino.
Os primeiros ganhos costumam ser mais sutis e nem sempre aparecem no espelho. Melhoras na disposição, no humor e na qualidade do sono são alguns dos primeiros sinais de que o corpo está respondendo à nova rotina.
Algumas pessoas também notam mudanças no peso, mas, nesse estágio, elas estão mais relacionadas à perda de líquidos retidos e ao aumento do metabolismo basal do que ao ganho de massa muscular.
“O peso corporal não é o melhor indicador de progresso na academia. O aumento da massa muscular pode compensar a perda de gordura, mascarando os números na balança. Para resultados persistentes, é essencial considerar fatores como intensidade dos treinos, frequência, hábitos alimentares e consistência no processo”, explicou o professor de educação física Elvis da Silva Limeira, da Fórmula Academia, em São Paulo, em entrevista anterior ao Metrópoles.
E para quem quer ganhar massa muscular?
O processo de ganho de massa magra tende a ser mais lento. Os primeiros sinais da hipertrofia muscular geralmente aparecem entre quatro e seis semanas após o início da musculação. Genética, tipo de treino, alimentação e qualidade do descanso são fatores que interferem nesse tempo.
“O período inicial envolve uma maior ativação das fibras musculares, só depois surge a hipertrofia muscular, que é o aumento no tamanho dessas fibras”, diz Limeira.
Homens costumam ter mais facilidade para esse tipo de ganho por causa dos níveis mais altos de testosterona, mas cada pessoa responde de forma diferente. O segredo está em manter uma rotina de treinos bem estruturada e alinhada aos objetivos individuais.
Como manter a motivação?
Para transformar a prática de exercícios em um hábito de longo prazo, é importante adaptar a rotina e criar um ambiente que favoreça os treinos.
“Se for possível, contar com uma equipe motivadora e um ambiente acolhedor fazem toda a diferença. Quando você se sente bem orientado e apoiado, é mais fácil manter o foco”, afirmou o professor de educação física Daniel Santos, da Academia D’stak, em Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Também é fundamental ajustar as expectativas. Mudanças consistentes levam tempo, e reconhecer isso ajuda a evitar frustrações.
“Em vez de se frustrar por mudanças rápidas, celebre pequenos avanços, como mais disposição ou menos estresse”, sugeriu o personal trainer Diego Cordeiro, gerente operacional da Bodytech, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Em dias de desânimo ou cansaço, vale adaptar a intensidade do treino para não perder o ritmo. Daniel recomenda optar por algo mais leve, mas sem deixar o movimento de lado. “Uma alternativa divertida ou até um momento social podem ser a chave para manter o ritmo”, ensinou Diego.
Manter a motivação ao longo do tempo também passa por escolher atividades que proporcionem prazer. A satisfação durante o treino é essencial para evitar o abandono.
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