O deputado federal Sargento Portugal (Podemos-RJ) teve o carro alvejado por criminosos armados com fuzis na manhã desta quinta-feira (17/4), na comunidade de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. O parlamentar estava a caminho da inauguração de um projeto social na região quando foi surpreendido por homens armados.
Segundo relatos do próprio deputado, dois suspeitos surgiram com fuzis em punho. Ao tentar deixar o local, o carro foi seguido e atingido por disparos. O veículo, no entanto, é blindado, e nem o deputado nem o motorista se feriram. A 36ª Delegacia de Polícia (Santa Cruz) investiga o caso. Ainda não está claro se foi uma tentativa de assalto ou um ataque direcionado.
Quem é Sargento Portugal
Natural do Rio de Janeiro, José Portugal Neto tem 48 anos e está em seu primeiro mandato como deputado federal. Filiado ao Podemos, ele foi eleito em 2022 com 52.452 votos, impulsionado por sua atuação na segurança pública e pelo apoio de eleitores da zona oeste da capital fluminense.
Com anos de carreira na Polícia Militar do Rio de Janeiro, Sargento Portugal construiu sua trajetória como policial da ativa e, paralelamente, como ativista por direitos dos agentes de segurança e melhorias na estrutura da corporação.
Na Câmara dos Deputados, integra a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, onde tem se posicionado a favor do endurecimento penal e de mais recursos para as forças de segurança. Apresentou inúmeras proposições legislativas, incluindo projetos de lei, requerimentos e indicações ao Executivo — a maioria voltada para a valorização dos profissionais de segurança e para o combate à criminalidade.
Perfil conservador e popularidade nas redes
Portugal é conhecido por sua atuação combativa e por um discurso alinhado a pautas conservadoras. Ele se apresenta como defensor da família, da liberdade religiosa e do fortalecimento das instituições policiais.
Nas redes sociais, costuma publicar vídeos de suas visitas a batalhões, encontros com policiais e ações voltadas a moradores das periferias. Após o atentado, o deputado afirmou que não irá recuar diante da criminalidade.
Ainda não se sabe quem foram os autores dos disparos, nem se o ataque teve motivação política ou criminosa. A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e deve usar imagens de câmeras da região para tentar identificar os responsáveis.