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quarta-feira, 16 abril, 2025
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    HomeSaúdeCompartilhar refeições aumenta sensação de bem-estar, revela estudo

    Compartilhar refeições aumenta sensação de bem-estar, revela estudo

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    Você já pensou no quanto fica feliz ao almoçar com a família ou sair para jantar com os amigos? De acordo com uma pesquisa liderada pela University College London, na Inglaterra, para o Relatório Mundial da Felicidade de 2025, o ato de compartilhar refeições com pessoas que você ama está diretamente ligado a um aumento dos níveis de bem-estar.

    Os voluntários que têm costume de fazer suas refeições ao lado da família ou amigos com mais frequência dizem ser mais felizes com a vida do que aqueles que têm o hábito de comer sozinhos. O estudo mostra que a diferença é de, em média, um ponto em uma escala que vai de 0 (pior vida possível) a 10 (melhor vida possível). De acordo com os pesquisadores, essa distância é considerada significativa.

    Para se ter noção do impacto psicológico de fazer refeições acompanhado de quem você ama, os estudiosos revelam que o hábito é tão importante quanto ter um bom salário ou um emprego, por exemplo.

    Como foi realizada a pesquisa

    A equipe de pesquisa utilizou dados da Gallup World Poll, um estudo que contém dados de mais de 150 mil pessoas de 142 países. No período entre 2022 e 2023, os participantes foram entrevistados sobre o seu bem-estar e o quantas vezes na última semana eles tinham comido com alguém que conheciam.

    Os resultados fazem parte do Relatório Mundial da Felicidade, um estudo desenvolvido pela Universidade de Oxford, pela empresa Gallup, a Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e um grupo independente de especialistas.

    Imagem colorida de pessoas comendo - Metrópoles
    De acordo com pesquisa, comer com pessoas que você ama traz uma sensação de bem-estar

    Os autores descobriram que a América Latina e o Caribe são os primeiros no ranking de compartilhamento de refeições (em média, fazem nove refeições por semana entre almoços e jantares). Em seguida, vêm Europa Ocidental, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia (aproximadamente oito refeições por semana). Do lado asiático do mundo, o cenário é outro, com o sul da Ásia compartilhando menos de quatro almoços na semana.

    Estudo de caso

    Para observar a evolução recente do compartilhamento de refeições, os cientistas utilizaram os Estados Unidos como estudo de caso. Eles usaram dados da Pesquisa de Uso do Tempo Americano, que acompanha os hábitos diários da população, analisando o período de 2003 a 2023.

    Hoje em dia, os norte-americanos jantam mais sozinhos do que há 20 anos. A tendência tem sido impulsionada justamente pelos jovens, que mudaram seus hábitos com o decorrer do tempo.

    O relatório aponta que adultos com 65 anos ou mais são os que mais costumam comer sozinhos. No entanto, desde 2018, o número tem aumentado também entre pessoas com menos de 35 anos. Os pesquisadores especulam que a aceleração recente desses níveis, em 2020, está ligada à pandemia, período em que as pessoas foram obrigadas a fazer um distanciamento social, trazendo consequências comportamentais até hoje.

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