Um dia após deixar a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) começou a cumprir prisão domiciliar neste domingo (13/4), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Metrópoles.
Acusado de ser um dos mandates do assassinato de Marielle Franco, Chiquinho estava preso de forma preventiva desde março do ano passado. Nessa sexta-feira (11/4), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a mudança para a prisão domiciliar, acatando pedido da defesa do parlamentar, que alegou “risco elevado de morte”.
Os advogados de Chiquinho dizem que o parlamentar, que tem um pedido de cassação de mandato parado na Câmara dos Deputados há 200 dias, estaria enfrentando diversos problemas de saúde, além de apresentar estado clínico grave e risco elevado de morte súbita.
Com isso, a decisão de Moraes contraria o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que tinha se manifestado contra a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
O crime contra Marielle e Anderson
Marielle Franco era vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSol. Ela foi baleada à queima-roupa depois de participar de um evento público na capital carioca. O carro em que ela estava foi atingido por 13 tiros, que também mataram o motorista Anderson Gomes.
São acusados de serem os mandantes do crime: o deputado federal Chiquinho Brazão, o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
