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sábado, 19 abril, 2025
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    HomeEntretenimentoAborto forçado e violência: por que Globo vetou novela de Gloria Perez

    Aborto forçado e violência: por que Globo vetou novela de Gloria Perez

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    A Globo vetou a nova novela de Glória Perez antes mesmo de a produção sair do papel. Rosa dos Ventos, como se chamaria o projeto, tratava de um tema considerado sensível demais pela emissora: aborto forçado. A informação foi divulgada pela colunista Carla Bittencourt, do portal Leo Dias.

    A decisão marcou o fim de uma das parcerias mais duradouras da teledramaturgia. Glória Perez preferiu romper o contrato com a emissora após se recusar a reescrever a sinopse para suavizar o enredo.

    “Tudo de comum acordo”, disse ela nas redes sociais. “Mas nesse momento prefiro assim, quero viver esse tempo no ‘deixa a vida me levar’”.

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    Gloria Perez deixou a TV Globo

    Ela disse que a decisão ocorreu em comum acordo
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    Gloria Perez

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    Gloria Perez deixou a TV Globo

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    Ela disse que a decisão ocorreu em comum acordo

    Instagram/Reprodução

    A trama vetada

    Na história, a protagonista Cibele, uma ex-miss em decadência, se envolve com Murilo, empresário casado com uma política em ascensão. Após engravidar e acreditar que o filho simbolizaria sua volta ao glamour, Cibele é dopada e sofre um aborto sem consentimento — um caso de violência reprodutiva.

    A novela traria uma abordagem inédita na teledramaturgia brasileira ao expor uma prática pouco discutida, mas que afeta muitas mulheres: o controle sobre seus corpos em contextos de violência.

    Apesar de já ter capítulos aprovados, a Globo optou por arquivar a trama por considerá-la “inadequada às novas diretrizes das novelas”.

    Debate nos bastidores

    A recusa da emissora levanta debates sobre os limites da TV aberta. Temas como tráfico humano, identidade de gênero e intolerância religiosa já estiveram presentes em obras da autora. Mas, desta vez, o limite foi o corpo da mulher.

    Em um momento em que os direitos reprodutivos voltam ao centro do debate público, a decisão da Globo pode ser interpretada como um retrocesso — e como um alerta sobre quais histórias continuam sendo evitadas na ficção.

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