Na última semana, a jornalista Renata Capucci, de 51 anos, falou sobre o diagnóstico de Parkinson que recebeu em 2018. A demência é mais comum em idosos, e não tem cura.
“A doença existe, mas não me vitimizo por ter Parkinson. Não quero que ninguém tenha pena de mim porque eu luto contra a doença”, afirmou a repórter, que só tornou o diagnóstico público quatro anos depois, em 2022.
A ciência ainda não sabe exatamente o que causa o desenvolvimento do Parkinson, mas acontece uma degeneração das células de uma região do cérebro chamada de substância negra. Essas células fabricam dopamina, que ajuda a conduzir as correntes nervosas pelo corpo — sem o neurotransmissor, os movimentos do paciente são afetados.
Apesar de o sintoma mais comum do Parkinson ser o tremor incontrolável, o sinal mais comum da doença é rigidez muscular e lentidão nos movimentos, além de progressiva perda de equilíbrio. Fadiga intensa, dores crônicas, alterações cognitivas, dificuldades emocionais e alterações autonômicas também podem estar associadas à condição neurodegenerativa.

Os primeiros sintomas de Renata foram lentidão nos movimentos, dificuldade para andar e movimentos involuntários.
“A avaliação clínica não deve se limitar aos sintomas motores, uma vez que os sinais não motores podem ser igualmente debilitantes”, afirma. A identificação precoce e o tratamento adequado das manifestações não motoras são indispensáveis para o acompanhamento desses pacientes”, explica o neurocirurgião e pesquisador da Unicamp Marcelo Valadares.
Ele aponta que alguns pacientes também podem ter sintomas como constipação intestinal, quedas de pressão, dificuldades de fala e problemas posturais. Como são sinais inespecíficos, que podem estar associados a outras doenças, o diagnóstico precoce é complicado.
Sintomas comuns do Parkinson
- Perda de olfato.
- Sono agitado.
- Dor muscular.
- Sensação de tontura ao levantar.
- Tristeza e desânimo.
- Prejuízo na concentração.
- Redução da expressão facial.
- Alteração na escrita.
- Dificuldade de se movimentar.
- Redução da oscilação dos braços durante a marcha.
“A gente recebe diariamente pacientes que fizeram por dois ou três anos tratamentos inadequados para a doença e que, inclusive, passaram por cirurgias, devido ao diagnóstico errado. Os sinais acabam sendo diagnosticados como problemas ortopédicos, quando podem ser causados pela rigidez do Parkinson”, explicou a fisioterapeuta especialista em neurologia Erica Tardelli, presidente da Associação Brasil Parkinson, em entrevista anterior ao Metrópoles.
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