O Ministério Público de Goiás (MPGO) conseguiu aumento da pena de um homem condenado por estupro de vulnerável contra uma sobrinha e duas afilhadas, em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal.
Por decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), o tempo da pena subiu de 18 anos e 3 meses de prisão para 29 anos, 7 meses e 20 dias. O réu ainda deverá pagar indenização de R$ 5 mil a cada vítima.
A denúncia detalha que, entre 2017 e 2020, o réu cometeu diversas vezes atos libidinosos contra as vítimas. E, de 2021 a 2023, o acusado teria praticado os mesmo delitos contra outra afilhada, diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno de Espectro Autista (TEA).
O acusado era considerado de confiança dos pais das vítimas. Pelo medo de serem descredibilizadas, elas demoraram a revelar as violências sexuais cometidas pelo abusador. Os crimes só foram descobertos quando as meninas contaram o ocorrido em ambiente escolar.
Como os pais das vítimas não sabiam do caso, elas continuaram a conviver com o criminoso e a sofrer os abusos durante muito tempo. Posteriormente, a 8ª Promotoria de Justiça de Águas Lindas verificou que as denúncias tinham respaldo, segundo os depoimentos colhidos.
Embora não seja possível saber a quantidade exata de abusos cometidos, as provas revelaram que eles ocorreram mais de 10 vezes. O MPGO chegou a pedir uma indenização a cada vítima no valor de R$ 50 mil. A Justiça negou o aumento da multa, mas acatou a solicitação de ampliação do tempo de prisão.