Uma diligência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) flagrou superlotação de 205% no Hospital Regional Leste (Paranoá), na quarta-feira (26/3).
O pronto-socorro adulto é a área mais atingida pela superlotação. Mas o problema também atinge a pediatria e a maternidade. Em todo o hospital, foram registrados 270 pacientes, muitos acomodados em corredores.
Veja:
O hospital tem o déficit de 350 técnicos de enfermagem, 140 enfermeiros, 35 anestesistas e 30 clínicos gerais. Ou seja, faltam 555 trabalhadores.
Segundo o presidente da comissão an CLDF, deputado distrital Fábio Felix (PSol), na pediatria, berços foram adquiridos no lugar de camas pediátricas, tornando mais complicada a acomodação das crianças atendidas no local.
“É possível ver a todo instante macas enferrujadas e quebradas, além de forros abertos dentro do pronto-socorro e diversas infiltrações nas paredes dos mais variados cômodos”, afirmou o distrital.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde sobre a situação no hospital. A pasta informou que o processo de compra de camas está em andamento.
“A direção administrativa da unidade está ciente dos reparos necessários para sanar infiltrações e já está em contato com a empresa responsável pela manutenção”.
Segundo a secretaria, o hospital apresenta alta demanda por ser referência para uma população estimada em 350 mil habitantes no atendimento em ortopedia, principalmente nas cirurgias de coluna e mão.
“Todos os pacientes que necessitam de atendimento de emergência são prontamente acolhidos”, completou. A pasta alegou que segue adotando medidas de reorganização de escalas para garantir a continuidade da assistência.